E eu que deixei de assistir um filme pra ver um jogo da seleção, após alguns anos de invisibilidade?
Mais especificamente, desde a Copa do Mundo não assistia nada do time que já foi canarinho!?!
Aliás, detesto estas tais Data FIFA, que impede por uns 10 dias o futebol que realmente interessa, a nossa várzea rotineira.
Voltando a tenebrosa experiência de ontem…
Meu amigo André Cananéa me sugeriu um filme há mais de semana e eu, imprudentemente, decidi engavetá-lo para me submeter a tortura nacional.
Em companhia do Ben, que com a sabedoria de um pequeno anjo dormiu antes do fim do primeiro tempo, me submeti aquele castigo visual, sensorial, emocional…
Alô Rede Grobo, até novela das 9 é melhor que assistir o bando amarelo hoje.
Nem vou entrar em detalhes tão pequenos…
“Diniz tem apenas alguns meses… seleção não tem tempo para treinar… é um estilo muito diferente de todos, precisa de tempo etc e tal”
Tudo pode até fazer sentido, mas nada explica aquela desordem geral.
Diniz convoca mal, muito mal e sequer consegue fazer a frente veloz e com algum talento (independente de comparação com outrora, os atacantes brasileiros ainda estão entre os mais valorizados da atualidade).
Nada se salva.
Não agredimos o adversário e nos defendemos como uns aloprados, desorganizados, espaçados, completamente desbaratados.
É triste, deprimente o momento da seleção brasileira e Diniz não conseguirá segurar esta bronca.
Não vai sequer passar a faixa para Ancelloti, se é que o italiano vem mesmo, ou é apenas um desejo unilateral da CBF.
Alguém precisa combinar com o cabeça branca que ele será o técnico canarinho. Falta só isso, apenas…
Como diz na boa Paraíba: Neste ritmo, Diniz não vai comer sequer o peru de Natal no cargo interino.
Uma pena, pois admiro o trabalho que desenvolveu no Fluminense, o time mais atraente e agradável de assistir neste ano da graça no Brasil.
Mas, isso não tende a dar certo neste ambiente e realidade de selecionado nacional.
Já a seleção é só desgosto. Tanto que eu quero até aquele beijo de novela pra me fazer chorar, como diz o poeta meloso, digo Baleiro.
Texto: Marcos Thomaz
Foto: Freepik