PF revela que Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA para aguardar golpe

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Um novo capítulo se desenrola na já tumultuada história política do Brasil. Segundo uma investigação da Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro teria transferido a quantia de R$ 800 mil para um banco nos Estados Unidos. E isso tudo pouco antes de viajar para o país no final de dezembro de 2022.

De acordo com as informações reveladas pela revista Veja, essa transferência teria como objetivo principal garantir a permanência de Bolsonaro em solo americano enquanto uma suposta tentativa de golpe de Estado se desenrolava no Brasil.

A PF sugere que o ex-presidente estaria se precavendo de possíveis investigações sobre uma conspiração para a ruptura do Estado democrático de direito.

A quebra de sigilo bancário de Bolsonaro revelou que a operação de câmbio no valor de R$ 800 mil ocorreu em 27 de dezembro de 2022. Esse montante, segundo a PF, pode incluir tanto recursos lícitos quanto ilícitos. Dessa forma, levanta a suspeita de que parte desses fundos tenha sido obtida por meio de desvios de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras.

Movimentações suspeitas

Essa não é a primeira vez que o nome de Bolsonaro está envolvido em polêmicas relacionadas a movimentações financeiras suspeitas. Em março de 2023, o Estadão revelou uma tentativa de entrada ilegal de joias recebidas em viagens oficiais pelo governo Bolsonaro. Isso levantou ainda mais questionamentos sobre a conduta do ex-presidente.

Segundo a PF, Bolsonaro e outros investigados na chamada Operação Tempus Veritatis estariam cientes dos ilícitos cometidos e buscavam se proteger de possíveis consequências legais. A expectativa era de que o golpe de Estado ainda pudesse ocorrer, o que motivou alguns investigados a se evadirem do país e transferirem seus recursos para os Estados Unidos.

Essas revelações vêm à tona após uma série de acontecimentos que abalaram o cenário político brasileiro. A prisão de aliados próximos de Bolsonaro durante a Operação Tempus Veritatis. O ex-presidente, por sua vez, não foi alvo de mandado de prisão, mas teve que entregar seu passaporte às autoridades.

 

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