Um gesto de inclusão que abalou a indústria da fé no Brasil

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O gesto do Papa Francisco em direção a comunidade LGBTQIAP+, além de acolhimento a um público, historicamente relegado pelas religiões tradicionais, desencadeou uma verdadeira GUERRA SANTA!

Há séculos, milênios, provavelmente desde antes de tudo, a Indústria da Fé capitaliza entre a humanidade.

Nesse sentido, o Comércio de Almas movimenta muito dinheiro e mais que isso, poder, dominação.

Não à toa, núcleos evangélicos já brilharam olhos com a oportunidade aberta pela liberação da Igreja Católica de benção a casais homossexuais.

Dos suspeitos Malafaia a Valadão ninguém perdeu o “time”.

Mais que valor, moral bíblica, hipocrisia cristã ocidental, o que buscavam mesmo era outro objetivo.

Acorreram as redes sociais, demonizaram o moderninho Papa Chiquinho e lançaram as sementes para atração do público cristão ultraconservador para aderir a deles.

Toda mobilização é visando cooptar aquela “alma perdida”, fisgar o fanático órfão.

Em equação simples, mais fiéis, mais dízimo, mais representação, mais poder.

Esta foi a base de crescimento estruturado das principais denominações neopentecostais brasileiras.

De Universal e além…

Aliás, sejamos justos todas grandes organizações, secretas, ou não sempre se pautaram em espraiamento planejado.

Membros diversos, espalhados pela sociedade em cargos estratégicos!

Mas, deixemos teorias conspiratórias, de pinky e cérebro dominando o mundo, e voltemos a estaca zero…

Fato é que se prevê no meio evangélico, uma verdadeira sangria católica por este simples gesto de empatia e inclusão papal.

Êxodo católico que, na prática, seria apenas continuidade de um processo de migração religiosa que segue em alta rotação desde a década de 80.

Ao mesmo tempo, somos o país que mais cresce a população evangélica no mundo e se projeta que, talvez já na próxima década de 30, estes sejam a maioria.

E nenhum problema nisso, na manifestação de crença individual, ou coletiva, no ajuntamento em torno da fé em algo.

Na liberdade religiosa!

Mas todo problema no que representam e intentam as lideranças que comandam estes “rebanhos”.

Sem pudor, sem sequer disfarçar o absolutismo, autoritarismo e centralização ideológica-cultural que visam, os líderes neopentecostais brasileiros usam a fé alheia para concretar o projeto de controle cultural total.

Se imiscuem nos poderes (Executivo, Legislativo e até judiciário- STF. Quem não lembra do “Ministro Terrivelmente Evangélico”?), constroem impérios, cirurgicamente batizados de CIDADES etc e tal.

-E a Igreja Católica? É santinha?

O Papa Francisco é um dos maiores líderes progressistas na atualidade.

O alienado sempre tende a enviesar, distorcer o debate.

A Santa Igreja Católica carrega seus pecados nas costas, uma cruz mais leve do que deveria, é fato, que o digam as cruzadas dizimadoras em nome de uma salvação que nunca veio…

Cada um assuma seus erros perante o juízo final e que ele seja terreno.

Em suma, não há santos, nem demônios nesta escala religiosa cristã que se espraia no Brasil.

Texto: Marcos Thomaz
Foto: Agência Brasil e Reprodução/Vaticano

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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