Condenado a 13 anos condutor que matou motoboy na PB pode ficar livre em pouco mais de três anos
Um dos júris mais aguardados na história da Paraíba.
Uma enorme comoção e indignação popular.
Não era pra menos…
A morte do trabalhador Kelton Marques foi violenta. Fatalmente atingido por um veículo a 163 km/h e arremessado a metros de distância.
Estatelado e sem vida no asfalto áspero um pai de duas crianças menores.
Ele estava a trabalho o algoz voltava de uma farra, fato facilmente comprovado pelas latas e vasilhames de bebidas alcoólicas e resíduos de drogas, além do velocímetro, que marcava 163 km/h.
A velocidade máxima permitida na avenida era de 50km/h.
Ruan Macário “voava” em ritmo mais de três vezes acima do permitido, AM alta rotação.
163 km/h, velocidade não permitida em nenhuma, nenhuma autovia, via expressa, rodovia federal do Brasil.
O crime hediondo (assim qualificado no julgamento) “rendeu” a Ruan treze anos e quatro meses de condenação.
Além da condenação por dolo eventual (quando se assume risco de matar) ter sido questionada por juristas, a dosimetria também entrou em xeque.
Em resumo, a acusação já anunciou recurso.
Fato é que, na decisão atual, pelo defasado Código Penal Brasileiro, no regime de Progressão, caberia a Ruan apenas 40% do cumprimento da pena.
Ou seja, o responsável pelo brutal crime, que chocou e indignou a Paraíba, teria apenas mais 3 anos e meio em regime fechado, visto que já cumpriu cerca de um ano e seis meses da pena.
Em síntese, em 2027, Ruan Macário deve ganhar a liberdade, estar quite com a justiça e tocar a vida plenamente.
Os filhos de Kelton Marques jamais verão o pai novamente.
Texto: Marcos Thomaz
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
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