Brasileiros dão nó em pingo d´água para amenizar calor

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Os brasileiros estão dando nó em pingo d´água para amenizar o calor. No Rio, além da quentura frequente, a população enfrenta a falta de energia. Com a aproximação do verão, as temperaturas devem subir ainda mais, podendo causar riscos à saúde e ao meio ambiente.

Para amenizar o impacto das ondas de calor na população, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira uma série de medidas, em entrevista coletiva no Centro de Operações e Resiliência, na Cidade Nova. Os secretários de Saúde, Daniel Soranz; de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula; e o chefe executivo do Centro de Operações do Rio, Marcus Belchior, participaram da entrevista e apresentaram as ações que serão implementadas nos próximos meses.

Entre as medidas estão a ampliação da rede de hidratação nas ruas, a distribuição de kits de prevenção ao calor nas unidades de saúde, a criação de um plano de contingência para casos de emergência, a instalação de termômetros digitais em pontos estratégicos da cidade, a realização de campanhas de conscientização sobre os cuidados com o calor e a implantação de projetos de arborização e reflorestamento em áreas verdes.

Monitoramento do consumo de energia

A prefeitura também informou que está monitorando a demanda de energia na cidade, que tende a aumentar com o uso de ventiladores e ar-condicionados. O aumento do consumo de energia também provocou apagões em algumas regiões da capital. A Rocinha, zona sul, é um desses locais. Moradores fecharam a Auto Estrada Lagoa-Barra na quinta-feira (16), em protesto contra a falta de energia. Na Rocinha, o fornecimento é feito pela Light, outra concessionária que atende parte do estado.

Nesta segunda-feira (27), prefeitos de diversos municípios do Rio de Janeiro se reunem no Theatro Municipal de Niterói para discutir a prestação de serviços da Enel, concessionária de distribuição de energia, que atende a população dessas cidades. A reunião ocorreu por conta pela falta de energia que afetou milhares de clientes na semana passada. Isso tudo ocorreu após uma forte tempestade que atingiu a região.

Ao mesmo tempo, o prefeito de Niterói, Axel Grael, foi um dos que cobrou da Enel uma solução para o problema. De acordo com ele, se arrastou por vários dias. Ele determinou que a Procuradoria Geral do Município entrasse com ação na Justiça para exigir que a concessionária restabelecesse o fornecimento de energia elétrica em todo o município. A Segunda Vara Cível de Niterói decidiu aplicar multa diária de R$ 100 mil. Depois, subiu para R$ 200 mil, porque a Enel não cumpriu o prazo estabelecido pela Justiça.

Falta de energia vira rotina no Brasil

Na quinta-feira (23), a Enel divulgou nota em que informava ter restabelecido o fornecimento de energia para os clientes afetados pela tempestade do sábado (18). A empresa disse que o evento climático causou danos consideráveis à rede elétrica de diversas cidades fluminenses, resultando na interrupção do fornecimento de energia. A Enel afirmou que mobilizou cerca de 900 equipes para trabalhar intensivamente ao longo da semana.

A questão da falta de energia no Rio de Janeiro também será tema de uma audiência pública na terça-feira (28), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Serviços Delegados e das Agências Reguladoras convocou os presidentes das empresas Enel e Light para prestarem esclarecimentos. A princípio, eles irão falar sobre as interrupções no fornecimento de energia em diversos pontos do estado durante os últimos dias.

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