Imagine um roteiro macabro em que um casal espanque uma criança de 6 meses até a morte.
O enredo aponta ainda que a mãe é uma das assassinas.
O fato é que as imagens acima descritas não se tratam de cenas de filme de terror hollywoodiano.
O mais perto que está o crime bárbaro, geograficamente, é da beleza cenográfica da “Roliúde Nordestina”, Cabaceiras.
A tragédia caseira aconteceu na cidade de São José de Piranhas, no alto sertão paraibano, nesta quinta-feira, 08.
A criança foi levada pela mãe e sua companheira para a Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, mas a vítima chegou morta e com hematomas no corpo.
O que disse a equipe médica
A equipe médica constatou que a criança não apresentava sinais vitais e tentou reanimá-la por aproximadamente 15 minutos, até a chegada do Samu.
A equipe da UBS retirou a roupa da criança e se deparou com cicatrizes na região dorsal e glúteos, além de escoriações na região oral e uma possível laceração anal. O bebê também apresentava hematomas na cabeça. Portanto, os profissionais solicitaram o apoio da Polícia Militar e o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol).
As duas mulheres são suspeitas da morte e foram presas. A Polícia Civil suspeita que a bebê também tenha sofrido abuso sexual e pediu o exame sexológico.
As duas suspeitas foram presas em flagrante e levadas para a delegacia de São José de Piranhas, onde foi lavrado o auto de prisão por homicídio qualificado.
AMOR DOENTIO
Após a prisão, durante os depoimentos, veio outra revelação da natureza sinistra de ambas acusadas.
As duas, em separado confessaram o crime e garantiram terem cometido sozinhas (cada uma) a selvageria. Ou seja, se pouparam, ocultaram a participação da outra em uma espécie de blindagem de amor sociopata.
A Polícia Civil identificou a mãe da criança como Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos,
Já a companheira é Lilian Alves Romão, de 18 anos.