O Líbano foi palco, nesta terça-feira (17) de uma série de explosões que atingiram pagers do grupo Hezbollah. A princípio, a ação resultou na morte de pelo menos nove pessoas e ferindo cerca de 2.800, das quais 200 estão em estado grave. As explosões ocorreram simultaneamente em diversas regiões do país, incluindo a capital, Beirute.
Testemunhas relataram ter visto fumaça saindo dos bolsos das pessoas antes das explosões, que pareciam tiros ou fogos de artifício. As cenas de confusão nos hospitais foram imediatas, com várias pessoas sendo atendidas por ferimentos nas mãos e no rosto, alguns casos envolvendo amputações de dedos.
O Hezbollah não confirmou a causa exata das explosões, mas acusou Israel de estar por trás do ataque. Fontes de segurança dos Estados Unidos e do Líbano indicaram que o Mossad, agência de inteligência israelense, teria colocado explosivos em milhares de pagers antes de detoná-los de forma coordenada.
A suspeita é que as explosões sejam um ataque sofisticado à cadeia de suprimentos. A suspeita é que adulteraram os pagers com explosivos durante sua fabricação ou transporte. Especialistas sugerem que cada dispositivo poderia conter entre 10 a 20 gramas de explosivo militar, ativados por uma mensagem de texto.
Até o momento, o governo israelense não comentou oficialmente sobre as acusações, mas a dimensão e o impacto desse ataque foram considerados sem precedentes. Analistas afirmam que essa operação expôs falhas graves nas medidas de segurança do Hezbollah.
A situação segue tensa, com o Hezbollah prometendo retaliação e o governo libanês acusando Israel de violar a soberania do país. Apesar disso, ainda há incertezas sobre como essa escalada afetará o conflito entre Israel e o Hezbollah.
