O AMOR E O PODER!
Definitivamente, o ódio vence.
Vejam vocês, campanha a pleno vapor, xingamentos, sopapos e até cadeira voando na garoa paulista…
Tudo ganhando destaque, sob os holofotes da mídia e redes.
Mas, ninguém, absolutamente ninguém fala que “Love is in the air” também no árido terreno da política brasileira.
Sim, meus queridos eleitores…
Temos um romance à moda antiga entre candidatos a prefeito de duas das maiores cidades brasileiras.
Em São Paulo concorre Tabata Amaral, em Recife, João Campos tenta a reeleição.
O namoro entre ambos é público desde muito antes da campanha atual.
Jovens, bonitos, fora dos padrões de perfil político brasileiro.
Quase um namoro de capa de Capricho (referência de velho), não fossem eles políticos!
O casal de pombinhos tem passado ileso na eleição, suplantados por “tiro, porrada e bomba” que é o que vende e “é disso que a galera gosta”.
Quer dizer, estavam desapercebidos entre aspas.
Mas, voltaram ao folhetim romântico não pela beleza da fantasia amorosa, mas pela maledicência alheia:
-Coisa de mal-amado- sai em defesa o pombo socialista.
A candidata do Novo e adversária de Tabata em São Paulo, Marina Helena, acusou a pessebista de ter usado jatinho para visitar o namorado em Recife.
Claramente, mais uma daquelas denúncias sem provas, acusações levianas, dispositivo eleitoral apelativo.
VALE TUDO!
Nem é do meu feitio dar ouvidos a má-língua alheia, quiçá fazer eco a calúnia.
Mas, confesso que isto me despertou uma questão que me inquieta há algum tempo.
Gatilho!
Aqueles pensamentos inúteis me invadindo a mente…
Como ficaria o romance de Tábata e João caso ambos se elegessem prefeitos de suas respectivas cidades?
Como vão fazer para manter a chama acesa?
Estaríamos diante de um dilema amoroso com implicações sérias ao futuro da nação?!?!
Duas metrópoles superpopulosas, cheias de problemas, universos caóticos, agenda full-time de gestores, mas, onde fica o lovezin?
Em extensão vale a reflexão sobre aplicação da Legislação Eleitoral em casos assim, do campo romancesco.
DIVISÃO DE “BENS”
João, do clã Arraes, com assombrosos 77% de intenção de votos em Recife, já pode inclusive, ser chamado de “namoradinho do Brasil”, não só da Tábata.
Ninguém bate o jovem em popularidade administrativa e querência.
Realidade diametralmente oposta da amada na paulicéia mais desvairada que nunca!
Tábata patina abaixo dos 10%.
Mesmo sendo a mais limpinha (clean) daquela pocilga eleitoral paulistana, quase alheia a porradaria geral.
Ainda é também a mais novinha, mesmo com a representação da tal mulher do Novo, que é o partido mais velho em interesse.
Enfim, por que, em casos assim, não se cria o dispositivo de doação de votos entre amados de cidades diferentes?
Pensemos: bastava 20% de João para Tábata assumir a liderança em SP e chegar ao segundo turno, onde a mesma exalta que “não perde pra ninguém”.
Já o herdeiro Campos, mesmo “doando a costela” a mulher ainda ganharia fácil no primeiro turno.
Ou quem sabe uma fusão São Paulo-Recife?!?!
A capital paulista herdaria as desejadas praias (com tubarão de brinde)…
Já Recife, enfim, poderia ostentar com propriedade o posto de maior de tudo, em tudo. Teria a megalomania comum referendada, de fato e de direito.
Se Maquiavel já dizia e a gente vive na prática que a “política tem seus próprios valores…” uma concessão amorosa a mais, ou amenos não vai fazer diferença…
Marcos Thomaz
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