Rio solta mosquistos com bactérias para combater a dengue

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Nesta terça-feira (2), o município do Rio de Janeiro deu início a uma nova etapa de soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia. A princípio, essa iniciativa visa combater doenças como dengue, zika e chikungunya através de combater o do principal vetor, o Aedes aegypti.

A primeira soltura ocorreu no bairro do Caju, e na próxima semana será a vez do Centro e da Ilha de Paquetá. Essa ação está programada para acontecer ao longo de 20 semanas, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de aumentar a população desses mosquitos.

O método Wolbachia consiste em introduzir fêmeas contaminadas com a bactéria no ambiente, onde elas se acasalam com mosquitos sem a Wolbachia. Os filhotes resultantes desse cruzamento nascem infectados com a bactéria, tornando-se incapazes de transmitir as doenças. Com o tempo, a população de mosquitos infectados aumenta, reduzindo a população de vetores de arboviroses.

“A ideia é estabelecer essa população de mosquitos nessas três áreas até o final de agosto. Esperamos, no próximo ano, já avaliar uma redução na transmissão de casos dessas doenças”, explica Diogo Chalegre, líder de Relações Institucionais do World Mosquito Programa (WMP) no Brasil.

O WMP coordena as estratégias de implementação da Wolbachia em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e financiamento do Ministério da Saúde. Até o momento, já foram soltos wolbitos em 29 bairros do Rio, além de outras cidades fora do estado, como Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina.

Resultados promissores

Dessa forma, essa iniciativa tem apresentado resultados promissores. “Houve uma redução média de 38% nos casos de dengue nos 29 bairros do Rio onde ocorreu a ação”, destaca Chalegre.

Ao mesmo tempo, para ampliar o alcance do projeto, uma nova biofábrica está sendo construída em Curitiba. A previsão é aumentar a capacidade de produção para 400 milhões de ovos por mês a partir de 2025. Desse modo, possibilitará intensificar as solturas em novos locais, beneficiando até 70 milhões de pessoas nos próximos dez anos.

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