O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2026. Haddad destacou que a escolha de Lula é consenso dentro do PT e da base aliada, afirmando que é uma decisão bem pacificada e amplamente aceita.
“Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute”, afirmou o ministro durante entrevista ao jornal O Globo, divulgada nesta terça-feira.
Apesar da afirmação de Haddad, Lula ainda não confirmou oficialmente sua participação na próxima eleição presidencial. Durante a campanha anterior, o ex-presidente indicou que 2022 seria sua última tentativa de concorrer à presidência.
Necessidade de planejar as próximas eleições
Na mesma entrevista, Haddad abordou a necessidade de planejar o “day after”, referindo-se ao período pós-Lula e à preparação de um sucessor para 2030. Ele destacou a importância de o PT começar a pensar na transição de poder desde já. No entanto, o próprio ministro declarou não se ver como essa figura sucessora.
“Eu não penso [em ser o sucessor de Lula]. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: ‘Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois’. Dentro da cadeia. Eu disse: ‘Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar’. E acabou acontecendo”, relatou Haddad.
Além das questões políticas, Haddad também aproveitou a entrevista para rebater críticas à sua política econômica, apelidada ironicamente pelo PT como “austericídio”. O ministro respondeu às críticas, destacando indicadores econômicos positivos durante sua gestão.
“Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo'”, concluiu ele sobre a resolução do PT que critica seu programa de governo.
