Estudo revela os malefícios em dar palmadas em crianças

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vítima de violência doméstica

Um novo estudo, recentemente publicado na revista “Child Abuse & Neglect”, traz à luz uma preocupante associação entre o ato comum de dar palmadas em crianças. A princípio, os pequenos apresentam níveis mais baixos de funcionamento executivo em áreas cruciais, como o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva.

A pesquisa, que analisou dados de mais de 12 mil crianças, destaca que mesmo palmadas não frequentes podem ter efeitos adversos significativos no desenvolvimento cognitivo infantil.

Os dados são do Early Childhood Longitudinal Study, que monitorou aproximadamente 18.170 crianças desde o jardim de infância até a escola primária. A pesquisa concentrou-se em cerca de 12.800 crianças com idades entre 5 e 6 anos. Dessa forma, explorou-se os impactos das palmadas em três áreas-chave do funcionamento executivo: controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho.

Diferentes métodos de avaliação foram empregados, incluindo relatórios de professores, tarefas de classificação de cartas e testes cognitivos. Os resultados foram então comparados com informações fornecidas por cuidadores primários, principalmente mães, sobre a frequência das palmadas.

Para garantir resultados confiáveis, os pesquisadores utilizaram técnicas estatísticas avançadas, como o equilíbrio de entropia, para isolar a influência específica das palmadas, eliminando outros possíveis fatores de interferência.

Quais os males de dar palmadas em crianças?

Antes de qualquer ajuste, as crianças que receberam palmadas apresentaram níveis mais baixos de controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho. No entanto, após os ajustes, a ligação entre palmadas e memória de trabalho desapareceu. Isso sugere que associações anteriores poderiam ter influência por outros fatores.

Surpreendentemente, os efeitos adversos das palmadas no controle inibitório e na flexibilidade cognitiva persistiram. Tudo isso independentemente do género da criança, raça/etnia do cuidador principal ou nível de parentesco.

Este estudo destaca a importância de compreender não apenas os impactos comportamentais imediatos das palmadas, mas também os efeitos a longo prazo nas habilidades cognitivas fundamentais para a aprendizagem e regulação comportamental das crianças.

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