Onda de calor registra recorde de casos de dengue, zika e chikungunya

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Você sabia que o calor excessivo pode favorecer a proliferação de mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika e chikungunya? Pois é, essa é uma realidade que estamos enfrentando em 2023, um ano que já registrou um número recorde de casos de dengue nas Américas, especialmente no Brasil. Neste post, vamos explicar como o clima influencia na disseminação dessas doenças e o que podemos fazer para nos proteger.

Como o calor afeta os mosquitos?

Segundo os especialistas, os mosquitos que transmitem a dengue, a zika e a chikungunya são sensíveis às variações de temperatura. Eles se reproduzem em água parada e preferem ambientes quentes e úmidos. Por isso, quando há uma onda de calor, eles se multiplicam mais rapidamente e têm mais chances de picar as pessoas e transmitir os vírus.

De acordo com um seminário realizado em agosto deste ano, metade da população mundial já estava em risco de dengue, com uma estimativa de 100 a 400 milhões de infecções ocorrendo a cada ano. Nas Américas, a dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, que também é responsável pela zika e pela chikungunya. Os surtos seguem padrões sazonais correspondentes aos meses quentes e chuvosos, quando os mosquitos se reproduzem.

No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPA), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que em 2023 as Américas já registraram um aumento acentuado nos casos de dengue. Mais de 3 milhões de novas infecções ocorreram até então, superando os números de 2019 – de maior incidência da doença na região, com 3,1 milhões de casos, incluindo 28.203 casos graves e 1.823 mortes.

Ainda conforme os dados, a maioria dos casos – mais de 2,6 milhões – foi registrada no cone sul, sendo o Brasil responsável por 80%. A situação é reflexo da fragilidade dos vetores que sofrem com os efeitos das mudanças da temperatura. E, apesar de não resistirem por muito tempo às altas temperaturas, os mosquitos se multiplicam rapidamente com o calor, e acabam fazendo mais vítimas.

O que esperar para 2024?

Os climatologistas já alertaram para a possibilidade do fenômeno La Niña, em 2024, o que significa dizer que teremos chuvas em longa escala. Com isso, a expectativa é de aumentar, ainda mais, as doenças transmitidas por mosquitos, pois haverá mais locais propícios para a reprodução dos insetos.

Por isso, é importante que a população se conscientize sobre a necessidade de prevenir e combater os focos de mosquitos. Dessa forma, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água, como garrafas, pneus, vasos de plantas, entre outros. Além disso, é recomendável usar repelentes, mosquiteiros e roupas que cubram a pele, especialmente nas áreas mais afetadas.

Também é fundamental procurar atendimento médico caso apresente sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, manchas vermelhas na pele, náuseas ou vômitos, que podem indicar a infecção por dengue, zika ou chikungunya. Essas doenças podem causar complicações graves e até levar à morte, se não forem tratadas adequadamente.

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