Décimo terceiro vai movimentar quase R$ 300 bilhões na economia

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O fim do ano se aproxima e com ele vem o tão esperado décimo terceiro salário. Esse benefício é direito de todos os trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas. Ao mesmo tempo é uma ótima oportunidade para organizar as finanças e começar o ano novo com mais tranquilidade.

Segundo um estudo do Dieese, o décimo terceiro salário deve movimentar cerca de R$ 291 bilhões na economia brasileira, o que representa 2,7% do PIB. Esse valor será distribuído entre 87,7 milhões de brasileiros, sendo que 69% são trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos, e 31% são aposentados e pensionistas. No caso destes últimos, o pagamento foi antecipado para os meses de maio e junho, devido à pandemia de Covid-19.

A média do valor recebido varia de acordo com o setor de atividade. Os trabalhadores do setor de serviços terão a maior média, de R$ 4.460, seguidos pelos da indústria, com R$ 3.922, e pelos do setor primário, com R$ 2.362. Esses valores correspondem ao salário bruto, sem os descontos. A primeira parcela, que corresponde a 50% do valor, deve cair na conta até o dia 30 de novembro.

Mas o que fazer com esse dinheiro extra?

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, a resposta depende da situação de cada um, mas o ideal é priorizar o pagamento das dívidas, especialmente as que têm juros altos, como cartão de crédito e cheque especial. “O consumidor deve estabelecer quais são as demandas mais urgentes e utilizar o valor extra para eliminá-las antes do fim do ano, assim evita juros altos e dívidas a longo prazo”, explica.

De acordo com o Serasa, o Brasil tem mais de 63 milhões de inadimplentes, ou seja, pessoas que não conseguem pagar suas contas em dia. Só no Distrito Federal, mais de 52% da população está nessa situação. Por isso, o especialista recomenda não agir pela impulsividade e evitar grandes compras que comprometam o saldo. “Muitas vezes, as pessoas se deixam levar pelas ofertas e promoções e acabam gastando mais do que podem, comprometendo o orçamento dos meses seguintes”, alerta.

Se o consumidor não tiver dívidas?

Se o consumidor não tiver dívidas, ele pode aproveitar o décimo terceiro para guardar um fundo de emergência. Pode ser para casos de imprevistos ou oportunidades. O ideal é que esse fundo tenha o equivalente a três a seis meses de renda. Outra opção é investir o dinheiro em algum produto financeiro que renda mais do que a poupança, como um CDB, um fundo ou uma ação. Nesse caso, é importante buscar orientação de um profissional e conhecer o seu perfil de investidor.

Por fim, se o consumidor já tiver uma reserva financeira e quiser realizar algum desejo de consumo, ele pode usar o décimo terceiro para comprar algo que esteja na sua lista de prioridades, como um eletrodoméstico, uma viagem ou um curso. O importante é planejar o gasto e pesquisar os preços, para não comprometer o orçamento e nem se endividar. “Para se ter uma vida financeira saudável e não entrar no vermelho é importante se ter o equilíbrio, priorizando quando se consegue uma renda extra o pagamento das despesas em aberto”, finaliza Lamounier.

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