Seis motivos para provar que a economia do Brasil está bombando

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O Brasil está vivendo um momento de destaque no cenário mundial. São resultados positivos em diversas áreas, como o comércio exterior, a atividade econômica, o emprego, a inflação, as reservas internacionais e a transição energética. Vamos mostrar alguns dados que comprovam o potencial do país. Além disso, também é necessário falar dos desafios que ainda precisamos enfrentar.

Comércio exterior

Primeiramente, o Brasil está bombando no setor externo. Nosso superávit comercial esse ano será um dos maiores do mundo, superando o México, que é o queridinho dos mercados em 2023. Segundo o Ministério da Economia, o saldo da balança comercial brasileira acumulado até outubro foi de US$ 83,8 bilhões, um recorde histórico. A expectativa é que o superávit chegue a US$ 100 bilhões até o final do ano, o que representaria um aumento de 32% em relação a 2022.

Esse resultado se deve ao aumento das exportações, impulsionadas pela alta dos preços das commodities, como minério de ferro, soja e petróleo, e pela recuperação da demanda mundial após a pandemia. As importações também cresceram, mas em menor ritmo, refletindo a valorização do real frente ao dólar e a melhora da atividade interna.

Atividade econômica

O Brasil está com a atividade econômica aquecida, principalmente no setor de serviços, que gera mais empregos. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,6% em agosto, na comparação com julho, e 5,9% na comparação com agosto de 2022. No acumulado do ano, o indicador registra uma alta de 5,3%.

O setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB, foi o que mais contribuiu para esse desempenho, com um crescimento de 1,1% em agosto, na comparação com julho, e de 8,9% na comparação com agosto de 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os segmentos que mais se destacaram foram os de informação e comunicação, transportes, serviços prestados às famílias e serviços profissionais, administrativos e complementares.

Emprego

O aumento da atividade econômica se reflete na geração de empregos. O desemprego no Brasil caiu a 7,9% no trimestre encerrado em agosto. Esse número é a mínima desde 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE. O número de desocupados foi de 8,5 milhões, uma queda de 9,3% em relação ao trimestre anterior. E de 15,7% em relação ao mesmo período de 2022.

O número de ocupados foi de 98,9 milhões, um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 10,7% em relação ao mesmo período de 2022. A taxa de informalidade foi de 39,4%, a menor desde o início da série histórica, em 2016. A massa salarial, que é a soma dos rendimentos dos trabalhadores, bateu a máxima da série histórica, com R$ 232,6 bilhões, um aumento de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 11,5% em relação ao mesmo período de 2022. O salário médio foi de R$ 2.361, um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 0,8% em relação ao mesmo período de 2022.

Inflação

O aumento do emprego não está pressionando os custos de produção nem a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, desacelerou de 0,87% em agosto para 0,64% em setembro, segundo o IBGE. No acumulado do ano, o IPCA registra uma alta de 5,9%, abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 6,5%.

A desaceleração da inflação se deve à queda dos preços dos alimentos e bebidas, que recuaram 0,05% em setembro, após uma alta de 1,39% em agosto. Os principais itens que ficaram mais baratos foram o tomate (-16,17%), a batata-inglesa (-8,42%), o leite longa vida (-2,40%) e as carnes (-0,26%). Por outro lado, os preços dos transportes subiram 1,46%, puxados pelo aumento da gasolina (2,89%), do etanol (4,50%) e das passagens aéreas (18,90%).

Reservas internacionais

O Brasil está entre os dez países com maiores reservas internacionais de dólares. A informação é do Fundo Monetário Internacional (FMI). As reservas internacionais são os recursos que o país dispõe para fazer frente a eventuais crises cambiais ou financeiras. Segundo o Banco Central, as reservas internacionais do Brasil somavam US$ 386,7 bilhões em setembro, um aumento de 3,7% em relação a agosto e de 9,8% em relação a setembro de 2022.

O Brasil ocupa a nona posição no ranking mundial de reservas internacionais. Fica atrás da China (US$ 3,2 trilhões), do Japão (US$ 1,4 trilhão), da Suíça (US$ 1,1 trilhão), da Rússia (US$ 616,9 bilhões), da Arábia Saudita (US$ 509,6 bilhões), de Taiwan (US$ 507,9 bilhões), da Índia (US$ 462,7 bilhões) e da Coreia do Sul (US$ 446,8 bilhões). As reservas internacionais do Brasil representam 21,4% do PIB, um nível considerado confortável pelos analistas.

Transição energética

O Brasil é a meca da transição energética do mundo, ou seja, o processo de mudança da matriz energética baseada em combustíveis fósseis para fontes renováveis e de baixa emissão de carbono. O Brasil tem a matriz energética mais limpa entre os grandes consumidores de energia do mundo, com 46% de participação de fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, segundo o Balanço Energético Nacional de 2022. A média mundial é de 14%.

Além disso, o Brasil tem praticamente todos os minérios necessários para se fazer baterias elétricas. O aço verde e fertilizantes limpos são essenciais para a transição energética. O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio. Também é o segundo maior de grafite. O  terceiro maior de lítio. E o quarto maior de manganês, entre outros. Esses minérios são usados para fabricar baterias de íons de lítio, que armazenam energia para veículos elétricos, celulares e computadores. O Brasil também tem reservas de ferro, cobre, níquel e cobalto, que são usados para produzir aço verde, que é o aço produzido com baixa emissão de carbono, usando hidrogênio verde ou energia renovável. O Brasil também tem reservas de potássio, fósforo e enxofre, que são usados para produzir fertilizantes limpos, que reduzem o impacto ambiental da agricultura.

Conclusão

O Brasil está em um momento favorável para se consolidar como uma potência econômica. E não só isso. Ao mesmo tempo avançamos na área social e ambiental no cenário mundial. O país tem vantagens competitivas em diversos setores. O comércio exterior, a atividade econômica, o emprego, a inflação, as reservas internacionais e a transição energética. No entanto, o país também enfrenta desafios. A reforma tributária, a melhoria da educação, a redução da pobreza, a preservação da biodiversidade e a vacinação contra a covid-19. Para aproveitar as oportunidades e superar as dificuldades, o Brasil precisa de planejamento, investimento, inovação e cooperação.

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