De acordo com a polícia, ele havia saído de um bar; vítimas seguiam para missa
O Brasil e suas “várias guerras”, que continuam a matar brasileiros.
Tráfico e milícias e a violência no trânsito dão ao país números de guerra civil.
A última causa de mais uma tragédia foi a combinação explosiva entre álcool e direção na maior metrópole do país.
As vítimas, como é costume nestas ocorrências, nada tinham a ver com o risco a que foram colocadas.
Um motorista de 19 anos foi preso em flagrante na manhã de domingo (29) depois de atropelar e matar três idosas que estavam na calçada, na zona norte de São Paulo. Ele apresentava sinais de embriaguez, segundo a polícia.
As amigas caminhavam pela avenida General Ataliba Leonel, no Tucuruvi, quando foram atingidas. Elas assistiriam à missa em uma igreja da região que costumavam frequentar.
Segundo informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública), o motorista dirigia o veículo em alta velocidade quando perdeu o controle em uma curva, bateu em uma árvore, que foi arrancada, e atropelou as três mulheres que estavam na calçada.
A frente do carro ficou destruída com o impacto da batida e peças ficaram espalhadas na via.
A Polícia Militar foi acionada e encontrou Leonilda Aparecida dos Santos, 78, Alcina Affonso de Franco, 82, e Alzira Rodrigues Alves Teixeira, 76, gravemente feridas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu duas delas ao Hospital Santa Maggiore, e a terceira ao Hospital do Mandaqui, mas nenhuma resistiu aos ferimentos.
Ainda segundo a pasta da segurança, o motorista estava em um bar e tinha ingerido bebida alcoólica. Apesar de o veículo ter capacidade para duas pessoas, levava, além do motorista, outros dois amigos da mesma idade, um homem e uma mulher. A jovem ficou ferida e foi socorrido a um pronto-socorro.
O motorista, diz a SSP, se recusou a realizar o teste de bafômetro e foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal). O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e embriaguez pelo 73° DP (Jaçanã).
A autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva à Justiça.
A Polícia Civil não informou se o motorista já apresentou defesa.
Em uma rede social, o jornalista Guilherme Franco Nannini, fez uma declaração emocionada para a avó, Alcina Affonso de Franco.
“Ontem, nos vimos pela última vez, você estava feliz, com a família, brincou sobre eu chegar tarde, como sempre. Conversamos sobre palavra cruzada, meus tempos de criança e sobre como era bom estar com a família reunida, numa data tão especial”, publicou.
Com Folha de São Paulo
Foto: SBT