Rússia anuncia exercícios nucleares perto da Ucrânia

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Em um movimento que reforça as tensões já elevadas na Europa Oriental, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a realização de exercícios nucleares envolvendo tropas próximas à Ucrânia. Este anúncio, feito nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Defesa da Rússia, vem em resposta ao que Moscou descreve como provocações e ameaças de líderes ocidentais contra a Rússia.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa na rede social Telegram, o objetivo dos exercícios é testar a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas. Essas manobras envolverão diferentes ramos das forças armadas russas. Dessa forma, inclui a força aérea, a marinha e as forças do distrito militar do sul. Essa região cobre as áreas recentemente anexadas por Moscou. E se localiza perigosamente perto da Ucrânia.

Antecedentes e Implicações

A decisão de realizar esses exercícios não é isolada. Em outubro de 2023, foi relatado que Putin supervisionou lançamentos de mísseis balísticos em manobras que simulavam um “ataque nuclear massivo” a Moscou. Os testes envolveram o disparo de um míssil balístico intercontinental Iars e um míssil balístico Sineva de um submarino, destacando a seriedade com que a Rússia está abordando sua capacidade nuclear.

Além disso, a Rússia revogou recentemente a ratificação do Tratado de Proibição de Testes Nucleares (CTBT). Alegou da falta de ratificação por parte de outros signatários importantes, incluindo os Estados Unidos. Essa ação marca um retrocesso significativo nos esforços globais de desarmamento e não proliferação nuclear.

Reações e Consequências

A escolha de realizar exercícios nucleares tão perto da Ucrânia é uma demonstração de força. E também um sinal claro de que a Rússia está preparada para usar todas as ferramentas à sua disposição em resposta a qualquer intervenção militar ou política considerada hostil. Isso intensifica as preocupações internacionais sobre a estabilidade da região. Além disso, abre a possibilidade de uma escalada para um conflito de maiores proporções.

A decisão da Rússia de conduzir exercícios nucleares em um momento já carregado de tensões políticas e militares lança uma sombra sobre a segurança europeia e global. Enquanto o mundo observa, a questão permanece: como as nações responderão a esta última demonstração de assertividade militar russa? E mais importante, como isso afetará a já frágil paz na região?

Este desenvolvimento sublinha a necessidade urgente de diálogo e diplomacia renovados. Ao mesmo tempo em que a comunidade internacional busca maneiras de garantir que as tensões não levem a um impasse nuclear irrevogável.

Foto: EFE/EPA/KRISTINA KORMILITSYNA /SPUTNIK/KREMLIN

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