IBGE revela um Brasil com mães mais velhas e casais sem filhos

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mães mais velhas
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O retrato demográfico do Brasil está mudando radicalmente, de acordo com os novos dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE. Ao mesmo tempo, três tendências se destacam: queda acentuada na natalidade, mães mais velhas e aumento significativo de casais que optam por não ter filhos.

A princípio, essas mudanças estão redesenhando a estrutura familiar brasileira. Desse modo, terão profundos impactos sociais e econômicos nas próximas décadas.

Mães mais velhas: brasileiras estão tendo filhos mais tarde

Antes de mais nada, um dos dados mais reveladores do Censo 2022 mostra que as brasileiras estão adiando cada vez mais a decisão de ter filhos:

  • Assim, a idade média para ter filhos saltou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022

  • No Distrito Federal é onde se encontra as mulheres mais adiam a maternidade: 29,3 anos em média

  • Já no Pará encontramos a menor idade média: 26,8 anos

Diferenças regionais marcantes:

  • Norte: 27 anos (menor média)

  • Sudeste e Sul: 28,7 anos (maiores médias)

Queda livre na natalidade: de 6 filhos para 1,55 em 60 anos

A taxa de fecundidade no Brasil apresenta queda constante desde os anos 1960:

  • 1960: 6,28 filhos por mulher

  • 1980: 4,35

  • 2000: 2,38

  • 2010: 1,90

  • 2022: apenas 1,55 (abaixo da taxa de reposição populacional)

Essa redução coloca o Brasil no grupo de países com baixíssima natalidade, similar a nações europeias. O dado é preocupante para a sustentabilidade do sistema previdenciário e do mercado de trabalho no futuro.

Revolução social: 16% das mulheres chegam aos 50 sem filhos

Em suma, uma das mudanças mais significativas reveladas pelo Censo é o aumento expressivo de mulheres que optam por não ter filhos:

  • Em 2000: 10% das mulheres de 50-59 anos não tinham filhos

  • Em 2010: 11,8%

  • Em 2022: 16,1% (quase 1 em cada 6 mulheres)

Diferenças regionais impressionantes:

  • Rio de Janeiro: 21% (maior percentual)

  • Tocantins: 11,8% (menor percentual)

  • Norte: saltou de 6,1% (2000) para 13,9% (2022)

  • Sudeste: de 11% para 18%

Mães mais velhas e casais sem filhos. O que explica essas mudanças?

Dessa forma, especialistas apontam vários fatores:

  • Maior participação feminina no mercado de trabalho

  • Custo elevado para criar filhos

  • Acesso a métodos contraceptivos

  • Mudanças nos valores sociais e familiares

  • Priorização da carreira e realização pessoal

Impactos para o futuro do país

Assim, essa transformação demográfica trará desafios importantes:

  • Envelhecimento acelerado da população

  • Pressão sobre sistemas previdenciários

  • Mudanças no mercado consumidor

  • Necessidade de políticas públicas adaptadas

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