Vermelhou o Brasil!
Uns por orgulho, outros de raiva mesmo.
No meio disso tudo eu, que nem creio no prosseguimento desta empreitada, prefiro me divertir…
Camisa vermelha e preta (detalhes) da seleção brasileira aproximaria tudo da minha real paixão futebolística, o Vitória!
Em toda a minha vida devo ter tido, no máximo, umas quatro camisas da seleção brasileira, apenas uma desta era moderna da Nike, todas as outras retrô, modelo algodão de tempos de glória passados…
Lembro de uma linda, especialíssima, estilo Copa de 70, que minha Tia Lu, em sua habilidade rara de artista, esculpiu um 10 nas costas e eu me orgulhava de exibir pelas ruas de Buerarema como um exemplar fidedigno envergado pelo Rei Pelé!!
Doei todas.
Uma vermelha agora até me apeteceria , muito embora ainda faltassem as letras ECV entrelaçadas, em detrimento ao emblema da CBF de Ednaldo, Teixeira, Havelange e comparsas…
Mas, não dá pra negar o prazer de ver a patriotada alienada nacional rubra de raiva com a simples ideia lançada nas redes.
Vontade até de comprar e meter um 13 nas costas.
Calma, nervosinho ruborizado…
Treze de Zagallo, o velho Lobo, maior campeão com a amarelinha (argh) em todos os tempos.
-Vocês vão ter que engolir!
Inegável que, esta patifaria promovida pelos teleguiados seguidores de um mito “perna de pau”, desbotou o simbolismo da camisa canarinho.
Inescapável olhar estas camisetas “Nike” e lembrar dos paspalhos nos quartéis, em oração ao redor de pneus, depredando Congresso etc e coisa e tal.
É de uma breguice sem tamanho pensar na camiseta.
Não tem fofura de oncinha pintada na manga, tal qual o último modelo, que amenize a aversão causada por estes infames fantasiados de panacas.
Não à toa, desde a última eleição, pipocaram versões alternativas de camisas da seleção em vermelho.
Tudo extra-oficial!
O mercado, que não é besta, dorme no ponto, ou tem qualquer pudor, parece ter visto na apropriação primeira, reação posterior e divisão atual, um grande filão para explorar e, claro, LUCRAR!
Afinal, é disso que gosta e vive o Livre Mercado, viu liberais brazucas? LUCRO!
Se vende, às favas a moral, valores, quiçá referência!
Na verdade, ninguém sabe ainda se a notícia sobre a tal camisa vermelha como segundo uniforme oficial da seleção Brasileira na Copa de 2026 é, de fato, um projeto.
A CBF emitiu nota desdizendo o que não disse sem afirmar nada.
“Arrudeou” e não saiu do lugar.
De concreto, diz apenas algo sobre respeitar o estatuto da entidade, que versa sobre cores símbolos nacionais, mas abre brecha para camisas comemorativas.
Nada que um malabarismo verborrágico para dar uma roupagem jurídica aplicada não resolva, né?
Uma jogada a la Jordan, o mago das quadras de basquete, que segundo circula (“há boates”) teria a sua linha exclusiva da Nike estampando o modelo.
Pelo sim, pelo não já lucrou no marketing gerado.
Eu, que também admito estranheza com a visualização de uma camisa vermelha representando a seleção brasileira, começo a buscar argumentação histórica, além das óbvias cores sagradas do Vitória.
Pau-Brasil, nada mais sugestivo e legítimo que a árvore que deu nome ao país!
Qual era a cor do corante produzido?
Até nosso gentílico (recebam um gentílico no pé do ouvido sua manada) veio desta que foi a primeira atividade econômica nacional: brasileiro.
“O velho comunista se aliançou ao rubro do rubror do meu amor”
Marcos Thomaz
*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor