A banana brasileira brilhou no primeiro trimestre de 2025. Segundo o 4º Boletim Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações da fruta cresceram 131,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse modo, alcançando um volume de 15,7 mil toneladas. É um desempenho que mostra não apenas o apetite internacional pela banana do Brasil, mas também o fortalecimento do agronegócio nacional no setor de frutas frescas.
Esse salto nas exportações da banana se insere em um contexto geral positivo. O volume total de frutas exportadas pelo Brasil entre janeiro e março foi de 301 mil toneladas, um aumento de 26% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. O faturamento atingiu US$ 311 milhões, alta de 7% sobre o ano anterior.
A princípio, o crescimento nas exportações ocorreu através dos estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, além de São Paulo. Já os principais destinos das frutas brasileiras continuam sendo os Países Baixos, Reino Unido e Espanha. Frutas como melões, melancias, limões, mangas e bananas lideraram as vendas, com destaque para os embarques nordestinos de melões e minimelancias.
Desempenho das Principais Frutas Exportadas no 1º Trimestre de 2025
Fruta | Volume Exportado (t) | Variação (%) Volume | Faturamento (US$ mi) | Variação (%) Faturamento |
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Banana | 15.700 | +131,2% | — | — |
Melancia | 53.000 | +90% | 32,1 | +91% |
Maçã | 2.570 | +85,6% | 2,8 | +93,6% |
Mamão | 13.360 | +28,2% | 17,1 | +31% |
Além do desempenho da banana, outras frutas também se destacaram. A melancia teve crescimento de 90% no volume exportado, e a maçã, especialmente as variedades miúdas muito procuradas na Ásia, teve crescimento superior a 85%. O mamão também avançou, tanto em volume quanto em faturamento.
Apesar dos bons resultados, a Conab alerta para possíveis reduções nos próximos meses. Ao mesmo tempo, a demanda internacional mais fraca e a qualidade de frutas afetada por questões climáticas. Ainda assim, há expectativas de novas oportunidades no mercado norte-americano, especialmente se tarifas sobre o suco de laranja do México forem mantidas pelo governo dos EUA.