Estaduais no lixo, Federações no luxo: O Círculo Vicioso do Futebol Brasileiro

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Foto: Agência Brasil

A carcomida estrutura do futebol brasileiro jamais mudará enquanto existir esta estrutura viciada de federações, confederação etc e coisa e tal…

De um lado Federações nababescas, do outro campeonatos falidos!

Veja bem, em pleno 2025, com Estatuto do Torcedor, Data Fifa, Lei de Proteção aos Atletas e o escambau, ainda tem campeonato “paralisado” em plena véspera de final!

Ok, o “paralisado” é força de expressão, mas quem aí sabe quando será a decisão do campeonato pernambucano entre SportxRetrô?

Ninguém, nem a organizadora do desorganizado certame, a tal FPF de lá.

Primeiro jogo deu Leão da Ilha por 3×2, mas o segundo e  derradeiro está ao Deus dará

Isso me remeteu a decisão do Campeonato Baiano de 1971, entre o Bahia de Osório Villas Boas e o meu Itabuna, quando o campeonato foi interrompido às vésperas do segundo jogo, por longos seis meses.

Na época, o esquadrão iria disputar o Brasileirão, enquanto o Itabuna, simplesmente paralisou atividades…

Futebol, Paixão e Catimba (procure saber)!

Na FPF daqui, das bandas da Paraíba, a desorganização do Estadual promoveu, na cara dura, descumprimento do próprio regulamento ao antecipar jogo da última rodada, com envolvido disputando descenso.

O Auto Esporte teve jogo isolado quando as normas determinam partidas da rodada decisiva no mesmo horário para evitar acordos tenebrosos.

O motivo alegado? Falta de estádio para abrigar as partidas simultâneas.

Nada menos que três dos dez times do Campeonato Paraibano, ou seja 30% dos competidores não tinha local fixo para mandar seus jogos.

Mesmo problema registrado na Bahia

Colo-Colo (tem um lá em Ilhéus-desta parte boa dos estaduais) e Jacobina chegaram a última rodada rebaixados e com confronto direto a vista.

O primeiro tendo que jogar longe de seus domínios, o segundo tendo que viajar, em consenso convenceram a federação a um WO duplo.

“Não cheguemo, nem ganhemo, nem perdemo, empatemo”.

Soma-se a estas anomalias o fato dos regionais serem quase integralmente patrocinados por Bets, assim como a maior parte dos times brasileiros.

Não à toa, são os pobres, quase miseráveis estaduais, os maiores focos de fraudes em jogos, esquemas de apostas e afins…

Veja bem, não defendo fim dos estaduais.

Gosto e respeito a rivalidade máxima entre clubes locais, mas precisa ser revisto, em extensão e formato.

Mais jogos entre times chamados citadinos, sem calendários nacionais, estimulando rivalidade local, mais próxima e clubes principais disputando fases finais.

A que serve este modelo desinteressante, nada atrativo dos estaduais hoje?

Talvez, além de atender as Bets e suas tenebrosas transações, alimentar este ciclo vicioso das Federações, que servem a CBF e por ela são servidas.

Assim, montado, alimentando e se retroalimentando desta estrutura nociva, Ednaldo Rodrigues, é reconduzido a presidência da entidade máxima do futebol brasileiro.

Ex-presidente da Federação Baiana, responsável por jogar a pá de cal nos clubes baianos do interior, agora ameaçando até o Nordestão, tábua de salvação para o futebol regional…

“Nada de novo no front” da bola no Brasil!

Marcos Thomaz    

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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