Na minha Cabala dezembro é o meu mês da sorte

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Talvez esta coisa de calendário seja apenas mais uma métrica da organização social humana.

Muito provavelmente os signos sejam apenas mais uma tentativa de dar algum sentido de transcendência a nossa irrelevância terrena!

O que importa nascer em março, ou julho, para determinar características de uma pessoa?

Os astros, pobres astros, sendo responsabilizados por determinar a personalidade de ser-humaninhos aqui de baixo!?!?

Sempre estamos recorrendo acima para justificar nossa baixeza aqui.

É mais cômodo, confortável e escapista, mesmo, “jogar pro alto”, transferir a alguma entidade superior, a alguma idéia de outro mundo, outra vida posterior, as desventuras desta passagem!

Às vezes até invejo quem tem esta fé inabalável na crença absoluta e além própria.

É mais tranqüilizador!

Seja o cristão, muçulmano, budista, umbandista, todos tem explicações prontas de outro lado para os problemas que nos afligem aqui em solo.

Mas, tão terreno e materialista, logo me entrego de novo a racionalidade.

BISCOITINHO DA SORTE

Fato é que, na minha limitada humanidade, mesmo sem o referendo dos que mergulham em crenças etéreas, também tenho minhas ludicidades.

Por exemplo, está mais do que claro que o mês abençoado da minha vida é dezembro!

Nem venha você, homem, ou mulher de pouca fé, querer quebrar a magia sobrenatural, que existe no último mês do ano no calendário cristão!

E olha, que mesmo sendo o “pai” desta classificação, não é ao menino Jesus, que estou atribuindo este misticismo que me liga a esta época.

Já rabisquei aqui mesmo, tempos antes, sobre o Natal.

A mim, sempre foi mágico e motivo de congraçamento familiar o fato do dia 24 de dezembro, ser aniversário de minha mãe.

Nem me julguem com sua inquisição tradicional.

Na festa máxima do Cristianismo, nos vendem literalmente, VEN-DEM, mais o Papai Noel do que o enviado divino.

“Papai Noel das crianças” diz aquela canção melancólica, como, praticamente todas as melodias da época e temática.

Pra mim, mesmo me esbaldando, no oportunismo sincero infantil, com presentes e afins, sempre foi estranha a figura de um velhinho nórdico, quase viking, puxado por animais que nunca vi, com sua imagem estampada em tudo quanto é canto e, pior, que frequenta as casas sorrateiramente…

Nem o famigerado álbum da Simone, “Então é Natal, a festa cristã…”, reestabeleceu a ordem dos protagonistas desta época…

É bom velhinho pra todo lado e pronto.

Mas, voltando ao dezembro que me cabe neste latifúndio de horóscopo, zodíaco e todo esoterismo da Galáxia

Além do nascimento da minha genitora, matriarca, minha mãe, amiga e fortaleza, foi neste derradeiro sopro do ano que vivi as minhas maiores alegrias e presentes.

No dia 17 de dezembro de 2000 nascia Tomás, o primogênito, em 20 de dezembro de 2016 chegava o então caçula Benjamin, agora estou em regressiva para o mais novo rebento

Vicente anuncia para logo mais, nos próximos dias, a sua chegada e eu agradeço a força da natureza, aos mistérios da Via Láctea, aos segredos de alquimia e a todas as rezas, orações, rituais e boas vibrações, venham de onde vier…

Marcos Thomaz    

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

 

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