“Trinca” é o nome do trabalho, que é na verdade uma quina, tem cinco faixas.
Uma aparente “Trapaça“, típica de jogos de palavras, cartas e afins.
Trapaça, aliás é uma das “faixas” do novo trabalho do Hazamat.
Isso, Hazamat, nome de mágico ilusionista do leste europeu, ou de qualquer referência além mar, mas se trata de uma banda daqui mesmo, do lado de cá do Atlântico, mais especificamente em João Pessoa.
Creio que nem eles sabem o que significa o nome da banda e isso nao tem lá muita importância…
Mais um truque “Atrás da máscara” para esconder reais intenções.
São bons em disfarces.
Tanto que o frontman do trio também faz às vezes de seresteiro da noite nos bares da cidade.
Zé Freitas e seu teclado apenas, passeando por clássicos inomináveis ao universo roqueiro True!
Bobagem fora de moda exigir padrão de comportamento.
Mas, a quem insistir e interessar possa, informo com propriedade, que os caras “brutalizam” mais que uns pretensos headbangers à antiga.
Desde os tempos de Molestrike, que tive o prazer de acompanhar quase nascer pelas bandas do Galpão 14 e Aumenta que é Rock.
Aliás, os colegas do Marista, tradicional instituição escolar católica da capital paraibana, nunca seriam “os coroinhas” da música.
Bons rapazes, talvez até bons samaritanos, mas coroinhas não!
Com a banda em formação das mais entrosadas equipes do rock paraibano.
Coisa de quem se conhece e convive desde o colegial.
Falam a mesma língua de tempos e cada vez melhor.
À tradicional linha melódica com base pesada, flertando com new metal, stoner, acrescentaram as doses de groove, funk.
O “Toque de Midas”. Balanço no rock.
Esta, poeticamente e em termos de composição são os grandes trunfos de “Trinca”, aquela hipnose em forma de EP que os rapazes lançam em show no sábado agora, 31 de agosto, em João Pessoa.
Antes de passar o serviço completo, quero dizer que “Trinca”, pra mim, já é o melhor disco do Hazamat.
O baixo do seresteiro, digo linha de frente e vocalista Diogo, ganha contornos do destaque que já merecia em passagens mais consistentes como a suingada “A alegria é uma pressa” e na própria “Atrás da Mascara”, que também abre passagem para os brinquedinhos “sintetizantes” do menino Freitas.
Pehefe segue a carregar a cruz, digo a marcação na cozinha, levando a bateria coesa em sincronia ideal com o condutor baixista.
Até a guitarra do Johnny, isolada a algumas jornadas (quando o grupo saiu de quarteto para trio) encontrou e amplificou suas frases.
Melhor momento, evolução e maturidade da banda.
Destaque neste processo para a contribuição sempre luxuosa, enciclopédica do coringa Edy Gonzaga, aquele que toca em 831 bandas locais. Ex-produtor, eterno parceiro e colaborador “hazamatiano”.
Falando em produção, o trabalho ficou por conta de Victor Hugo, que dividiu a kssão com o próprio trio..
Victor é novo nome do cenário de gravação de som, digamos acelerado e pesado local.
Recentemente produziu coisas, por exemplo para o Power trio metal do Headspawn sobre quem eu já resenhei anteriormente e logo em breve falarei de novo.
O novo trabalho do Hazamat ainda conta com participação especial da incendiária Val Donato!
A faixa “Fala (que eu discuto)” é a última do trabalho e como singelo estará disponível na sexta-feira. Mas, como é bom ser amigo dos talentosos, já pude ouvir.
Quem quiser conferir o excelente “Trinca” pode acessar a plataforma de streaming de preferência e dar play.
Já para quem quer ver tudo isso ao vivo basta ir ao Caravela Cultural na General Osório e aproveitar de graça.
HAZAMAT é:
Diogo Egypto – Voz, Baixo e Sintetizador
Johnny Araújo – Guitarra, Voz e Sintetizador
Pedro “PF” Araújo – Bateria e Percussão
Ouça Hazamat na sua plataforma preferida: Youtube / Spotify / Deezer / iTunes
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Marcos Thomaz
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