Flamengo, Botafogo, Bahia e a briga dissimulada dos ‘riquinhos‘

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Foto; Agência Brasil

O Botafogo reclama do Bahia das Arábias e seus petrodólares.

Mas, os baianos da Shopee (calma amiguinhos, de Manchester) por sua vez chiam do Flamengo, e sua estranha mania de repor medalhão machucado com contratação ainda mais bombástica.

Para não ficar por baixo, o Todo Poderoso Mengão se faz de modesto e chora ao Botafogo (perdão do trocadilho) seus vultosos investimentos.

É neste ciclo dissimulado, desleal, canalha de fato que gira a roda do futebol tupiniquim.

Três dos mais ricos clubes do país na atualidade apontando privilégios nos quintais vizinhos.

Uma briga de riquinhos!

Claro, como quase toda nova polêmica aqui em solo brazuca, de um tempo pra cá, o quiproquó nasceu do novo colonizador boleiro local: John Textor.

O dono do Botafogo, em um arroubo típico de “dono da bola” que é, disparou contra a injeção de dinheiro no clube da Boa Terra.

Inconteste que o tricolor saiu do miserê, como se diz na Bahia.

Mas, esta declaração nada mais é do que o eurocentrismo típico dos hegem ônicos.

O gringo só reproduz o temor com a tal ameaça periférica.

De repente o nordestino ascende a uma posição de maior igualdade financeira e se transforma no bicho-papão nacional?

Aí o fanfarrão Textor previu um amplo domínio tricolor (“ganharão 17 de 20 campeonatos e piriri pororó”).

Pior, tudo isso dito pelo investidor que despejou quase meio bilhão de reais em apenas um ciclo de contratações, aquele que fez as duas maiores aquisições de atletas da história do futebol brasileiro.

É muita desfaçatez.

Depois de toda orgia financeira foi a mídia pedir fair play financeiro!

Como diz lá mesmo na Bahia: “pediu menos”.

Coisa de chorão que não sabe perder (desculpa os botafoguenses, mas aí foi união “carne e unha, alma gêmea”).

Para completar o circo midiático o Flamengo passou a reclamar do derrame de dinheiro do rival carioca.

Ora, o primeiro bilionário do futebol brasileiro, aquele que contratava e contrata a esmo, de repente, se viu ameaçado em seu império nababesco.

O que fez o povo da Gávea? Pediu Fair Play Financeiro também.

É a hipocrisia escancarada.

Muda tudo, nada muda e as máximas do futebol permanecem mais atualizadas que nunca: futebol se ganha no campo e nos bastidores.

Falando nisso, hoje o novo emergente encara o imperador do futebol brasileiro abrindo as quartas de final da Copa do Brasil.

Bahia x Flamengo além do debate de narrativas, duelarão em campo a partir de hoje.

Que vença o mais rico?

Marcos Thomaz    

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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