Estudo revela que jejum intermitente pode ter risco fatal

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Foto> Freepik

O jejum intermitente tem ganhado popularidade nos últimos anos, sendo amplamente adotado por aqueles que buscam perder peso e melhorar o metabolismo. No entanto, um estudo recente conduzido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) trouxe à tona uma possível consequência indesejada dessa prática: um risco aumentado de desenvolver câncer, especialmente no intestino.

O Estudo e Suas Descobertas

Publicado na renomada revista Nature, o estudo investigou como o jejum intermitente afeta a regeneração das células estaminais intestinais em ratos. Essas células são cruciais para a renovação do revestimento intestinal, um processo natural que ocorre a cada cinco a dez dias.

Os pesquisadores dividiram os ratos em três grupos:

  1. Jejum de 24 horas: um grupo que jejuou por 24 horas.
  2. Jejum seguido de alimentação: outro que jejuou por 24 horas, seguido de alimentação sem restrições por 24 horas.
  3. Controle: um grupo de controle que se alimentou livremente durante todo o experimento.

Durante o período de jejum, as células estaminais intestinais utilizaram lípidos e ácidos graxos como fonte de energia, permitindo-lhes sobreviver em condições de escassez de nutrientes. No entanto, o que chamou a atenção dos cientistas foi o que ocorreu após o jejum. Na fase de realimentação, essas células entraram em um estado de alta atividade, regenerando o revestimento intestinal de forma acelerada.

Embora essa regeneração rápida possa parecer benéfica à primeira vista, o estudo revelou que, em ratos com mutações cancerígenas específicas, essa atividade celular intensa aumentou o risco de desenvolvimento de pólipos pré-cancerosos. A rápida divisão celular durante a realimentação pode, portanto, favorecer o surgimento de tumores intestinais em estágio inicial.

Implicações para a Saúde Humana

Embora os resultados do estudo sejam alarmantes, os pesquisadores ressaltam que ele foi realizado em ratos com mutações cancerígenas específicas. Isso significa que os efeitos observados podem não se aplicar diretamente aos seres humanos. No entanto, a descoberta levanta questões importantes sobre os riscos potenciais do jejum intermitente, especialmente para indivíduos com predisposições genéticas para o câncer.

O coautor principal do estudo, Omer Yilmaz, destacou que “ter mais atividade das células estaminais é bom para a regeneração, mas o excesso de uma coisa boa ao longo do tempo pode ter consequências menos favoráveis”.

Enquanto o jejum intermitente continua a ser uma prática popular, é fundamental que mais estudos sejam realizados para entender completamente seus impactos na saúde humana. Aqueles que consideram adotar essa prática, especialmente pessoas com histórico familiar de câncer, devem fazê-lo sob orientação médica.

Tabela Resumo sobre alimentação e jejum

Grupo de Ratos Condição Resultado
Jejum de 24 horas Sem alimentação Sobrevivência celular através de lípidos
Jejum seguido de alimentação Realimentação após 24 horas de jejum Rápida regeneração celular e risco de pólipos
Controle Alimentação livre Sem alterações significativas

 

A prevenção e o cuidado são sempre as melhores estratégias. Portanto, antes de seguir qualquer regime alimentar, é importante estar bem informado e contar com o acompanhamento de profissionais de saúde.

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