Daqui ao Piauí, primeiros debates eleitorais foram um “circo de horrores”

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Nem desmontaram as arenas, ringues, tatames das disputas olímpicas em Paris e começou a porradaria do lado de cá do Atlântico.

Soou o gongo para a porradaria, digo debates eleitorais das eleições municipais brasileiras.

“Tiro, porrada e bomba” como diz o filósofo do funk.

E logo na primeira rodada nacional de debates, fazendo jus a expectativa geral da nação, não faltaram sopapos nas telas.

Como ocorre há décadas no Brasil, a primeira arena para os lutadores, ou melhor candidatos se digladiarem foi da Rede Bandeirantes de Televisão.

E, além das já conhecidas agressões verbais, troca de sutilezas, singelos xingamentos e acusações de tudo quanto é crime em todas as direções, teve agressão física em rede nacional.

Golpe Baixo

Em Teresina o atual prefeito da cidade, Dr. Pessoa deu uma testada no adversário, digo opositor do PSOL, Francinaldo Leão, que por sua vez, manteve os modos e não rugiu de volta.

Um senhor, idoso, agredindo fortuitamente um divergente, com golpe proibido em qualquer luta desportiva, do boxe ao MMA.

Vejam vocês, que metáfora da vida!

O cidadão com nome de humano, agiu como um animal selvagem, enquanto o ser com alcunha de rei da selva, se portou civilizadamente.

Uma paráfrase real  traduzindo a frase dos tempos modernos: “bicho é melhor que muita gente”.

Já na maior cidade do país e prometida campanha mais acirrada, leia-se sanguinária dos últimos tempos, só faltou a “tapa”…

No mais, o debate dos prefeitos em São Paulo, teve de tudo.

Circo de Horrores

Acusação de estelionato, psicopatia, apresentação de prova de condenação por formação de quadrilha e muito, muito bate-boca.

Claro, quase sempre, via de regra, o pivô do debate baixo, rasteiro, espetaculoso era o folclórico Pablo Marçal, uma espécie de mistura de Bolsonaro com Tiririca.

Típico destes políticos muito bem votados na Terra da Garoa.

Marçal é aquele coach extremo (se qualquer modelo destes “treinadores de humanos” normal já é pouco suportável imagina um radical!?!), que lutou com tubarão, virou ultra-maratonista em dias e piriri, pororó.

É um pirotécnico Milei “Tupiniquim” com roupagem menos espalhafatosa, mas excentricidade igual.

-E o qüiproquó aqui na terrinha?- pergunta aquele bêbado, contumaz “peru” de comício político.

Na Boa Paraíba a arena foi menos truculenta e mais equilibrada, se é que me entendem.

Inclusive os “juízes” divergem sobre o resultado final do debate de ontem na capital, João Pessoa.

Apenas de ontem para hoje já vi notícias informando vitória para cada um dos cinco participantes da disputa coletiva.

Cada equipe se auto-proclamando campeã e erguendo os braços do seu “pugilista” para cima.

Antes de mais nada e cada vez mais, eleição é uma batalha de narrativa, discursos construídos e muito, muito barulho amplificado para ecoar além muros, nos becos e, principalmente, nas redes sociais.

Proposta é o que menos se encontra nestas arenas sangrentas.

Marcos Thomaz    

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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