O aguardado documentário “Lula”, dirigido pelo renomado cineasta americano Oliver Stone, estreou com grande sucesso no Festival de Cannes neste domingo (19). Apresentado na mostra “Sessões Especiais” da seleção oficial do Festival, o filme não estava em competição, mas atraiu uma audiência lotada e entusiástica.
Sobre o Documentário
“Lula” oferece uma visão aprofundada sobre a vida de Luiz Inácio Lula da Silva, focando especialmente em seu papel sindical e político. A narrativa cobre desde sua infância e juventude até momentos cruciais, como sua prisão entre 2018 e 2019, a eleição em 2022 e seu retorno ao poder. Stone descreveu o documentário como uma homenagem a “uma pessoa especial no mundo de hoje, um líder único”, expressando sua profunda admiração pelo presidente brasileiro.
Exibição em Cannes
Antes da exibição, Stone abordou a plateia destacando que, apesar de saber que “muitas pessoas da elite detestam o Lula”, ele esperava que os espectadores mantivessem uma mente aberta. As declarações do diretor foram bem recebidas, e a equipe do filme foi calorosamente aplaudida no Palácio dos Festivais.
Entrevistas Inéditas e Imagens de Arquivo
O documentário é enriquecido por entrevistas inéditas com Lula e seus conselheiros, incluindo uma conversa central com o presidente brasileiro realizada durante a campanha eleitoral de 2022. Stone também entrevistou Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, para esclarecer os detalhes da Operação “Lava Jato”, que resultou na prisão de Lula, e a “Vaza Jato”, cuja divulgação foi crucial para sua libertação.
Uma Mensagem para o Público Internacional
Embora o documentário não traga muitas novidades para o público brasileiro, ele está claramente direcionado a uma audiência internacional. Utilizando imagens de arquivo e depoimentos reveladores, Stone busca contextualizar e esclarecer a complexidade da trajetória política de Lula para espectadores de todo o mundo.
O Enfoque de Oliver Stone na América Latina
“Lula” é o mais recente de uma série de projetos de Stone que exploram a política e a história da América Latina. Entre seus trabalhos anteriores estão “Salvador: O Martírio de um Povo”, com James Woods, e documentários sobre líderes como Fidel Castro e Hugo Chávez. Neste documentário, Stone co-assinou a obra com seu colaborador Rob Wilson, com quem já trabalhou em filmes como “JFK”, sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.
Em resumo, a estreia de “Lula” em Cannes reafirma a habilidade de Oliver Stone em criar narrativas poderosas sobre figuras controversas e momentos históricos significativos. Ao trazer à tona a vida e a luta de Lula. Ao mesmo tempo, o documentário promete fomentar discussões e proporcionar uma compreensão mais profunda do líder brasileiro a um público global.
Foto: Reprodução/Instagram @Lulaoficial