“Você pensa que é bonito ser feio?”
Esse negócio de glamourização do corno está passando dos limites!
E olha que nem estou só falando do Belo (aquele bonito no nome e feio na vida).
–Bonito hein?
O pagodeiro mais romântico do Brasil se debulhando em lágrimas após a revelação publica de uma “furada de olho” da mulher com o personal trainer.
A princípio, uma rotina que acontece todo dia com brasileiros comuns, em idas a manicure (lembra de Fabíola das Unhas e Léo da Fiorino?), oficina mecânica, dentista e todo tipo de programa-blefe.
Como diz a profecia popular quem não foi, é, ou ainda vai ser…
Sempre aconteceu e acontecerá nas melhores e piores famílias, mas é que agora tem pedigree para a coisa.
E tudo que entra classificação, escala, relevância gera grana.
É igual a geladinho, din-din, juju, apolo, sacolé…
Sem referência fálica, ou conotação sexual, viu quinta-série??
O fato é que o tal picolé no saquinho sempre existiu, em toda esquina tinha e ninguém agregava valor, quando agregou a palavra mágica gourmet inflacionou o mercado e passou a gerar dividendos.
Onde tem dinheiro, pudor é floreio.
Perderam geral a integridade, o recolhimento do chifre!
Agora é motivo de orgulho ostentar a “gaia”.
Nada contra, jamais.
É apenas a constatação da mudança comportamental brusca.
Antes se escondia traição como quem foge da cruz.
De repente, do nada, do nadão, virou objeto de exibição.
E tudo porque honra, moral vale menos, ou quase nada, comparado a “bufunfa”.
Luíza Sonza foi chorar ao vivo, em rede nacional, o chifre que levou no banheiro de um bar.
Uma estranha e constrangedora cena.
Mais ainda com a solidariedade lacrimal de Ana Maria Braga, também aos prantos.
Falar o local e a traição assim: “no banheiro de um bar” para mostrar a vulgaridade do ato.
Tudo isso embalado em um discurso pronto, indignado sobre a infidelidade masculina!
Como se houvesse gênero para “pulada de cerca” né, Belo?
Claro, há uma complacência histórica ao ato de trair do homem na sociedade machista etc e coisa e tal. Inegável, mas aqui o que está em jogo é outra coisa…
Chico, nome do “ex-my Love” e da música que ela havia lançado, a qual já era hit e viralizou ainda mais.
A moça capitalizou em cima da própria dor, sofrimento, apunhalada sentimental.
Nada de novo neste recurso.
Vejam o próprio Belo, tido como dos compositores românticos populares mais viscerais “da hora”.
Logo surgiram fãs vibrando com a nova fonte de inspiração para o “bunito”.
Tem maior estímulo criativo que desilusão amorosa? Com ares de tragédia assim, então?
Sem perder tempo Belo já lançou música no pós-corno: Amor Invisível, com passagens como “Não importa quantas digitais tocaram suas mãos”…
Adivinha onde já foi parar a canção?
Em post da própria Gracyane fazendo POLIdance!
Poliamor-polidance!
Pode tudo, porque a traição é POP!
Marcos Thomaz
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