Eu não sei quanto a vocês, mas eu gosto demais de um cardápio à base de sardinha!
Semana Santa, sempre tem aqueles entusiastas de peixes nobres, como robalo, dourado, salmão e outras iguarias oceânicas.
Ok, ok, é bom, mas eu não gourmetizo meu paladar, mantenho tradições gastronômicas.
Humilde demais fico com o peixe pequeno e levemente amargo mesmo.
Mas tem uma coisa…
Neste caso em questão sou adepto de comer o próprio peixe pescado.
Ou seja, uma variação do “ao invés de dar o peixe, ensinar a pescar”.
Calma, calma, nada a ver com a utilização subvertida do ditado para negar direito básico aos outros.
Aqui é sobre o prazer de fazer o serviço completo.
Tudo bem, vou confessar…
O prolegômeno em questão (fiquem com um prolegômeno aí na pupila) nada tem a ver com crença, fé!
Mas, por vias tortas, foi o futebol que me fez seguir à risca a tradição católica de intimar o consumo de peixes nesta época sagrada.
Semana Santa com BAVI é certeza de pescaria!
Está nas escrituras!
Como reza a doutrina o Vitória jogou a rede e pescou aos montes um cardume de sardinhas.
Debatendo-se, pululando, tentando escapar da tarrafa.
Até creram ter alcançado águas profundas, escapado da armadilha dos algozes quando abriram dois a zero.
Inútil, BAVi no Barradão tem pescaria.
Na Semana Santa então, é um mandamento.
E ontem teve banquete com sardinha de todo tipo, para todos os gostos.
Frita, empanada, enlatada, assada, cozida, na pressão.
Pititinga diretamente de Itinga em todos os sabores.
Três a dois, de virada, nos acréscimos, sem dó nem piedade do minúsculo ser dos mares.
Um deleite para mais de 30 mil pesssoas realizando a maior pesca coletiva sagrada do mundo do futebol, em todos os tempos.
Vocês precisam saber o quão bom é devorar sardinha!
Faz bem ao coração e agrada aos deuses.
Marcos Thomaz
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