Força-tarefa une estados para conter desmatamento no Cerrado

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A crescente preocupação com o avanço do desmatamento no Cerrado, contrastando com os esforços para preservar a Amazônia, impulsionou a formação de uma força-tarefa envolvendo o governo federal e sete estados, além do Distrito Federal. Eles abrigam partes do segundo maior bioma brasileiro, ocupando 25% do território nacional. Essa iniciativa é um desdobramento do Plano de Ação Contra o Desmatamento do Cerrado (PPCerrado), retomado no ano passado.

Uma reunião no Palácio do Planalto, liderada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ocorreu na tarde desta quarta-feira (27). Ao mesmo tempo, a reunião contou com a presença de governadores, representantes do governo federal e autoridades ligadas ao meio ambiente.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância da colaboração entre o governo federal e os estados, ressaltando que, diferentemente da Amazônia, onde o governo federal tem maior poder de ação, no Cerrado são os estados que têm maior influência. A participação maciça dos governadores indica um compromisso conjunto para resolver o problema. Dessa forma, envolve também o setor produtivo, a sociedade civil e a comunidade científica.

Unificar ações e bases de dados

Além da criação da força-tarefa, as medidas propostas incluem a unificação das bases de dados dos estados com o governo federal. Desse modo, objetiva fortalecer o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Essa iniciativa visa a fornecer informações mais precisas sobre a situação dos imóveis rurais. Assim, facilitar o monitoramento e controle do desmatamento.

O aumento de 19% nos alertas de desmatamento no último mês e a perda significativa de vegetação nativa ressaltam a urgência de ações efetivas. A região conhecida como Matopiba, composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é particularmente afetada. Ela responde por quase 75% do desmatamento no Cerrado. Essa situação, combinada com os efeitos das mudanças climáticas, representa uma ameaça não apenas ao meio ambiente, mas também à economia e à qualidade de vida das comunidades locais.

A colaboração entre o governo federal e os estados na força-tarefa pode abrir caminho para o financiamento de ações por meio do Fundo Amazônia. Desse modo, permite o uso de recursos para monitoramento e controle em outros biomas, como o Cerrado. Essa abordagem integrada é fundamental para enfrentar os desafios complexos associados ao desmatamento e à degradação ambiental, garantindo a preservação desse importante patrimônio natural do Brasil.

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