Brasileiros com obesidade e sobrepeso já somam 63% nas capitais

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O Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde, lançou um estudo alarmante sobre a situação da obesidade no Brasil, especialmente nas capitais e no Distrito Federal. O relatório revela uma tendência preocupante de aumento no número de adultos com sobrepeso e obesidade. Ao mesmo tempo, 63% dos brasileiros da pesquisa estão nesse grupo. Enquanto a parcela da população com peso normal está diminuindo.

Segundo o estudo intitulado “Análise temporal da prevalência da obesidade e do sobrepeso no Brasil entre 2006 e 2023: evidências a partir dos dados do Vigitel”, elaborado pelos pesquisadores do INC, Arn Migowski e Gustavo Tavares Lameiro da Costa, o percentual de pessoas com sobrepeso nas capitais ultrapassou, pela primeira vez na série histórica, o número daqueles com peso normal. Além disso, a taxa de obesidade atingiu níveis alarmantes.

Excesso de peso é um dos principais fatores de risco de doenças

Os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) foram fundamentais para essa análise. O estudo destacou que o excesso de peso é um dos principais fatores de risco para diversas doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão, além de aumentar o risco de câncer, diabetes tipo 2, entre outras condições de saúde.

O estudo classificou a população adulta das capitais em três grupos com base no Índice de Massa Corporal (IMC): peso normal, sobrepeso e obesidade. Notavelmente, houve um aumento significativo no índice de excesso de peso, representando uma preocupação crescente para a saúde pública.

Um ponto alarmante destacado pelos pesquisadores é o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade entre os jovens adultos (18 a 24 anos). A princípio, sugere um risco ainda maior de desenvolvimento de doenças crônicas ao longo da vida, caso não haja intervenções adequadas.

Além disso, o estudo ressaltou uma tendência preocupante de declínio na proporção de mulheres com peso normal, em ritmo mais acelerado do que entre os homens. Essa disparidade de gênero na prevalência do peso normal é um aspecto que requer atenção especial.

 

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