Como a pressão popular salvou Campina Grande do cancelamento

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Já disse por aí o quanto esta política de cancelamento é, quase sempre, em absoluto, mais uma modinha do politicamente correto na sua faceta mais canalha.

Quase sempre um disfarce para levianos destilarem intrigas sobre outrém.

Um fetiche coletivo pelo linchamento travestido de defesa de causas nobres.

Não me enganam, puro sadismo!

Trocando em miúdos um monte de bla bla bla para camuflar o prazer em massacrar, fazer escorrer sangue de outro.

Acho, inclusive que a missão de umas distrações modernosas como BBB é essa.
Deixar os brasileiros com ódio mortal de uns e descarregar tudo nesta galera emparedada.

Agora, já dizia o poeta: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa!”

Como não tenho compromisso com teoria, dogmas e afins, largo logo que a rebordosa sobre uns e outros é inapelável.

Mais que isso, necessária, fundamental.

Veja bem, o caso do Pastor escravagista, que iria palestrar em Campina Grande, por exemplo.

Querem que eu tenha compaixão de racista, defensor de escravização humana, em qualquer variação?

Aqui não, caras pálidas, incluindo você pardinho, miscigenado, ou mesmo gazo latino, que se acha branco.

É fogo nos racistas, mesmo.

Enfim, o supremacista ianque vai ficar por lá, pelas terras do Tio Sam.
Ô grória!

Os bastidores da “ocorrência”

A princípio, a pressão popular, de setores da sociedade civil e da imprensa surtiu efeito rápido, imediato.

A organização do Congresso Evangélico Consciência Cristã emitiu nota cancelando a participação do dito cujo.

Fora o ato desfazendo o sacrilégio que seria a presença daquele ser por aqui, foi pouco, bem pouco.

Em nota de quase dez parágrafos, apenas duas míseras linhas, no fim dos escritos nada sagrados, foram dedicados a “repudiar todas as formas de escravidão”.

Ademais, é um “arrudeio” sobre valores cristãos apresentados de forma genérica e, creiam, defesa da imagem do Pastor Douglas Wilson (apenas por mister jornalístico tive que escrever a (DIS) graça desta alma perturbada aqui).

Por que recuaram?

Além de frisar que o recuo se deveu a preservação da integridade física do preletor, a organização do Consciência Cristã questionou, quase condenou a fogueira a imprensa nacional por não ter buscado ouvir a versão do tal, ou deles próprios.

1)Ah, tudo bem. Integridade física de quem defende martirizar “uns pretinhos”?
Não que eu defenda “olho por olho, dente por dente”, como os fundamentalistas que seguem os conceitos do pastoreco aí.

Defendo resistência e negação.

2)Versão sobre o quê?

Já diria o advogado… do diabo: Está nos autos!

Por fim, bastava consultar a literatura apócrifa do senhor W para ver que não há brecha para tergivesação.

Ao mesmo tempo, o homem é textual, categórico na defesa de legados positivos da escravidão, naturaliza a barbárie de seviciar, estabelece algum simbolismo de afeto entre algoz e vítima, tudo com bases e princípios cristãos.

É a besta-fera bíblica.

Ah, em tempo o prefeito campinense, Bruno Cunha Lima, também voltou atrás e revogou decreto sobre proibição de blocos de carnaval na cidade em primazia, exclusividade apenas das manifestações religiosas.

Em suma, que convivam todas as celebrações, sacras e seculares em harmonia, livremente, cada um a seu modo e direção nas ruas da Borborema.

Sem a presença nociva de uns elementos, faz favor.

Marcos Thomaz

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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