“Piratas” atacam mega embarcações no Oriente Médio, diariamente, e o que você tem a ver com isso?
Em linha direta, o que pesa no bolso do brasileiro a crise na rota marítima internacional?
Ao mesmo tempo, em tempos de globalização, comércio mundial interligado, nunca a chamada Teoria do Caos fez tanto e imediato efeito como atualmente.
E creia, imediatamente, esta crise no transporte no Mar Vermelho já está afetando a sua vida, especialmente seus hábitos de consumo.
Várias empresas, incluindo as maiores do mundo já anunciaram a suspensão do trajeto por esta que é uma das principais rotas do mundo para o transporte de petróleo e gás liquefeito.
Se estamos falando de combustível, estamos tratando do efeito cascata que respinga em todo tipo de produto.
O Brasil é o maior país dependente de transporte rodoviário do mundo.
Majoritariamente, a logística de distribuição nacional está pautada nas estradas, logo, dependentes de petróleo e derivados.
Assim, além do impacto direto no preço dos combustíveis, também sofremos com o recálculo de custo de qualquer outro item: dos hortifrutis a manufaturados supérfluos.
Especialistas já cravam que, a continuar este cenário no Mar Vermelho, os preços no Brasil, fatalmente, sofrerão reajuste em todos os setores.
O QUE MOTIVA A PIRATARIA NOS MARES DO ORIENTE MÉDIO
Diferente de outros fenômenos modernos de organizações criminosas que agem saqueando, seqüestrando e exigindo resgate nos mares mundiais, o modelo de pirataria que vem ocorrendo no Mar Vermelho tem aspecto de sabotagem.
Como resultado, o grupo do Iemen, Houthis, declarou apoio ao Hamas e estaria agindo, objetivamente, contra embarcações com destino a Israel.
A questão é que os relatos negam o alvo específico israelense e indicam aleatoriedade dos ataques com drones e foguetes a embarcações diversas.
Para reagir a esta ofensiva que ameaça parte do comérico global, no começo da semana, após novo ataque dos Houthis, os Estados Unidos anunciaram uma força naval internacional, com a participação do Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Seicheles e Espanha.
Impacto direto
De acordo com uma análise da empresa de consultoria S&P Global Market Intelligence, quase 15% dos produtos importados para a Europa, Oriente Médio e norte de África foram enviados da Ásia e do Golfo através do Mar Vermelho. Em suma, isso inclui 21,5% de petróleo refinado e mais de 13% de petróleo bruto.
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