O que revelam as escolhas de Lula para cargos estratégicos?

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Novo Procurador Geral da República toma posse hoje, mas o que esse movimento revela sobre as escolhas do presidente Lula?

Em meio a críticas da esquerda e ovações da direita (incluindo a extrema), Paulo Gustavo Gonet será empossado na PGR.

Ultra conservador, católico fervoroso (segundo insinuações até com ligações junto a Opus Dei- sem comprovação), substitui Augusto Aras, aquele que, por unanimidade, é apontado como o mais leniente, para não dizer subserviente Procurador da história da República.

-Nunca na história desse país- começa Lula…

Mas, noves fora análises específicas sobre o senhor Gonet, este movimento diz muito sobre as indicações de Lula no geral, nestes e outros “departamentos”.

-Dedo pôdi!

Calma, jovem, já não bastam as ofensas capacitistas contra o homem, com  “nove dedos” e afins…

-Mas, o dedo pôdi é uma metáfora sem referência física de fato. O homem se especializou em indicar errado.

É, aqui devo dar razão e nem me venham passadores de pano, tergiversar, arrudiar no popular, fazer malabarismo verborrágico…

Primeiro Zanin no Supremo Tribunal Federal.

Advogado pessoal de Lula, grande responsável pela condução da sua defesa no viciado processo de Moro, Deltan e seus pares.

Mas, todos sabiam que as pautas progressistas não eram simpáticas ao senhor Cristiano, logo comprovado na descriminalização da maconha.

A motivação de Lula foi meramente pragmática ao tema mais caro a sua existência em vida e política: o garantismo, o amplo direito de defesa e afins…

Essa foi a mesma medida aplicada, no caso a Gonet.

Aliás, é a única explicação plausível, se é que há algum atenuante nestas distorções lulistas.

E sim, pode estribuchar Bolsonarista, mas vou fazer a máxima reversa do “mas e o Petê?” e atribuir a Bolsonaro considerável parcela desta anomalia.

Quem quebrou a série histórica de respeito a lista tríplice, iniciada exatamente no primeiro mandato de Lula, quase no século passado?

Quem, quem??

Claro, que não foi o Raimundo Nonato. Foi o Jair, aquele que tentou e destruiu boa parte das bases democráticas tupiniquins.

É inegável que, forçosamente, Lula foi impelido a mudar critérios de indicação, buscando salvaguardas, garantias, perfis além de valores diversos e múltiplos.

O próprio Gonet não fazia parte da lista tríplice.

E, pensando até no mais qualificado dentre todos os nomes até agora indicados por Lula, nos ossos do ofício, Flávio Dino, há ressalvas.

Era obviamente a vez de uma mulher, uma mulher negra, presidente.

Mas sigamos, aliás, rebobinemos a fita.

Para não dizer que todo, absolutamente todo e qualquer mal desta terra entre os trópicos é culpa do Messias, lá atrás, o indicador torto de Lula já falhava.

Quem aqui não lembra do Dias Tóffoli, polêmica indicação de ex-advogado petista.

Aquele que, durante a asfixia e quase morte cerebral do Partido dos Trabalhadores, proibiu o próprio Lula de ir a enterro do irmão e mudou “entendimento” sobre o Regime Militar, a quem classificou como MOVIMENTO DE 64.

Ora, ora…

Isso, sem falar no Augusto Nardes, indicado em tempos pretéritos por Lula ao Tribunal de Contas da União.

Quem lembra daquele áudio criminoso do Ministro conclamando, incitando, ou projetando o cenário de um golpe de estado, após a vitória de Lula?

Lula, o inimigo mora ao lado!

Foto: Ricardo Stuckert

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor

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