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30/11/2024

Nepotismo do povo de bem desvenda o ‘Família acima de tudo’

“Se eu tiver que beneficiar um filho meu eu farei sim!”

A frase é de Bolsonaro antes da sua eleição a presidência brasileira, mas bem que se encaixa a qualquer, mas qualquer mesmo, destes políticos de extrema direita que se espalham feito micróbrio nesta Terra moderna.

Exagero?

Qual o primeiro decreto do radical que comandará a vizinha Argentina?

Em uma canetada típica do autoritarismo que ocupa a alma e a mente destes seres estranhos, Javier Milei, derrubou norma sobre nepotismo e nomeou a maninha caçula para a secretaria-geral da Presidência.

Estilo “sai pra lá você, vem cá irmãzinha, senta aqui”.

Karina é irmã e, apesar de mais nova, tutora do mimado e perturbado Milei, a quem o própri atribui a responsabilidade da sua clamorosa vitória.

A personagem mais relevante na vida aloprada do Hermano… depois do cachorro médium, claro!

Sem qualquer pudor, como soi genuíno a estas figuras.

Eles sabem os fiéis e fanáticos seguidores que tem.

Nenhum absurdo, nem a ação mais abominável abala a imagem.

Mais que isso, são pessoas que se identificam com os mesmos valores.

Naquela pegada máxima: “você sabe com quem está falando?”

É o mesmo tipo e sentido nas ruas aqui de João Pessoa, ou Buenos Aires.

Distorções morais de quem só entende regra, padrão indesviável de conduta até a esquina.

Apontam absurdos, exigem códigos estabelecidos, mas quando é para beneficiar a si e aos seus, mandam tudo às favas.

A hipocrisia deste povo de bem.

Os mesmos que inflam o peito para bradar que “bandido bom é bandido morto”.

Tripudiavam, solapavam direitos humanos básicos, defendiam até tortura a criminosos, presos em geral, mas quando se viram eles, ou os seus sendo os bandidos, logo exigiram tratamento digno.

Lembra dos vândalos do 08 de janeiro, aqueles patriotas que destruíram os Três poderes e queriam um golpe no Brasil?

Pois bem, não agüentaram um tempinho de cadeia… queriam cama quente.

“Eu fui do tempo em que decisão judicial não se questiona, se cumpre. Fui, não sou mais…”

De novo Bolsonaro. Agora sobre o STF e, em especial, o ministro Alexandre de Morais, a quem explicitamente exigia em tom de ameaça a saída, até do país.

Ao mesmo tempo, tudo isso em um discurso que exalta exatamente a liberdade.

Veja você, que peculiar! Espelho desta estratégia medíocre de narrativa que encontra eco em tantas almas perdidas.

O outro “amante de Bolsonaro” (calma machões brasileiros, o próprio se refere a íntimos amigos sempre com metáfora a casamento) foi além e meteu a mão no Supremo.

Netanyahu, primeiro ministro de Israel, modificou o judiciário e reduziu poderes da Suprema Corte lá.

-E dos regimes ditatoriais de esquerda, você não fala?

Já aponta de dedo em riste, camisa amarela, voz estrepitante, aquele folclore maligno brasileiro “mas e o Petê?”.

A própria e imprópria pergunta já responde.

Regimes ditatoriais…

Só falei aqui de líderes liberais, aqueles bastiões que defendem a democracia e liberdade acima de tudo e de todos, lembra?

Ah, claro que não, você sofre de memória e ética seletiva, né?

Texto: Marcos Thomaz
foto: Reprodução/Instagram

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Redação Giro do Dia
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