Um novo estudo revela que a proteína CD300f, encontrada em células específicas do sistema imunológico, desempenha um papel crucial na determinação da expectativa de vida e da saúde durante o processo de envelhecimento. Liderada por Hugo Peluffo, membro da Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde e do Instituto de Neurociências (UBneuro) da Universidade de Barcelona, a pesquisa feita com ratos oferece insights valiosos sobre os mecanismos subjacentes ao envelhecimento saudável.
Compreender como o receptor imunológico CD300f e as células mielóides do sistema imunitário influenciam o surgimento de patologias relacionadas ao envelhecimento é essencial para desenvolver estratégias regulatórias. Ratos sem o receptor CD300f apresentaram prematuramente diversas condições associadas ao envelhecimento. Desse modo, identificou-se déficits cognitivos, falta de coordenação motora e danos em órgãos vitais, incluindo cérebro, fígado e pulmões. Intrigantemente, o impacto foi mais pronunciado no sexo feminino.
O estudo se estendeu por 30 meses. Ao mesmo tempo, é notável por sua abordagem inovadora, permitindo uma análise detalhada do envelhecimento sem depender de modelos acelerados. Tudo isso levando em conta as mudanças graduais associadas à idade. Esta pesquisa inicial é parte de um projeto mais amplo. Em resumo, concentrando-se agora nas consequências da disfunção do receptor CD300f no envelhecimento cerebral.
Estudar envelhecimento é processo complexo
As descobertas recentes lançam luz sobre a complexa interação entre o sistema imunológico e o processo de envelhecimento. A princípio, a publicação na revista científica Cell Reports foi quem trouxe o assunto à tona. O trabalho contínuo da equipe de Hugo Peluffo inclui pesquisas sobre a relação entre envelhecimento e doença de Alzheimer. Primordiamente o objetivo é destacar a importância de investigações mais profundas para avançar nosso entendimento sobre a longevidade e a saúde na velhice.
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