Nesta sexta-feira (10), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) recebeu representantes oficiais dos países do Mercosul para fortalecer a cooperação na 58ª Reunião de Ministros da Justiça e na 50ª Reunião de Ministros do Interior e da Segurança. O objetivo do encontro foi fortalecer a colaboração entre os países contra o crime organizado e ameaças ao Estado Democrático de Direito nos países membros do Mercosul.
Quem participou da reunião?
O ministro Flávio Dino liderou as boas-vindas aos membros do Mercosul, juntamente com o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Gustavo Iansen de Sant’Ana. Titulares dos Ministérios do Interior e Segurança, bem como do Ministério da Justiça de Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru marcaram presença. O Brasil, atualmente na presidência Pro Tempore do Mercosul, assumiu a responsabilidade de coordenar as reuniões do bloco.
Flávio Dino destacou a importância da aliança entre os países latinos e o desafio de construir a Comunidade de Polícias das Américas (Ameripol), ressaltando os desafios nas áreas de justiça, interior e segurança pública.
Os representantes do Paraguai, futuro Pro Tempore da presidência do Mercosul, salientaram as questões de segurança pública que abrangem todos os países do bloco, enfatizando a necessária cooperação entre os estados membros e o respeito às particularidades de cada país.
O discurso de ódio nas redes
Na luta contra o discurso de ódio nos meios digitais, os titulares da Justiça e Segurança Pública do Mercosul propuseram medidas conjuntas na Declaração de Brasília. Portanto, o ministro Flávio Dino alertou sobre os danos irreparáveis causados pelo perigo iminente nos meios digitais, comparando os efeitos do crime de ódio cibernético virtual a uma arma letal.
A Argentina, como ex-ocupante da presidência do Mercosul, destacou o trabalho conjunto para definir medidas que serão formalizadas na declaração. O ministro Marin Ignácio Soria ressaltou que a declaração será o ponto inicial para responder a um fenômeno que ameaça as instituições democráticas e prejudica as pessoas em cada país do bloco.