Seis situações em que você nunca deve tomar café

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Antigamente, acreditava-se que o café poderia ser prejudicial à saúde, chegando a ser incluso em 1991 em uma lista de possíveis agentes cancerígenos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, em 2016, o café foi retirado da lista após pesquisas demonstrarem que a bebida não estava associada a um aumento no risco de tumores.

Na verdade, estudos revelaram um risco menor de certos tipos de câncer entre os consumidores regulares de café, desde que considerado o histórico de tabagismo. A Universidade de Harvard, nos EUA, detalha que o acúmulo de pesquisas adicionais sugere que, consumido com moderação, o café pode ser considerado uma bebida saudável.

Grande parte da popularidade do café se deve ao seu suposto poder de aumentar a atenção das pessoas. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) confirmou que 75 mg de cafeína, o equivalente a uma xícara de café, ajuda a melhorar a atenção. Isso ocorre porque a cafeína, ao ter uma estrutura muito semelhante à adenosina, uma molécula associada ao sono, pode bloquear seus efeitos, gerando uma sensação de alerta.

Apesar dos amplos benefícios associados ao consumo de café, uma nova revisão de estudos realizada por um grupo internacional de pesquisadores, liderados pelo cientista especialista em endocrinologia Luigi Barrea, concluiu que o consumo de café muito próximo à ingestão de medicamentos “deve ser considerado para evitar possíveis interações”.

Quando evitar o consumo de café?

O alerta é devido ao efeito estimulante da cafeína, que pode afetar a absorção e a atividade de certos nutrientes e interferir em alguns medicamentos. Especialistas destacam diversas situações em que a interação entre café e medicamentos pode gerar impactos negativos:

Pressão arterial: A cafeína pode aumentar a frequência cardíaca e, consequentemente, influenciar a pressão arterial. Misturar a ingestão de café com medicamentos para hipertensão pode ser problemático, uma vez que o propósito principal desses remédios é reduzir o esforço do coração ao bombear sangue para todo o corpo. Alguns estudos apontam que a combinação de café com certos medicamentos, como a amlodipina, utilizada no tratamento da hipertensão e doença arterial coronariana, pode comprometer sua eficácia.

Antidepressivos, ansiolíticos e pílulas para dormir: Medicamentos como fenotiazinas ou antidepressivos devem ser tomados cerca de uma a duas horas antes ou depois do consumo de café, já que os taninos presentes na bebida podem impedir a absorção completa dos componentes desses comprimidos. O mesmo se aplica a medicamentos prescritos para ansiedade e insônia.

Tireoide: Pessoas com problemas de tireoide tomam medicamentos para equilibrar seus hormônios. Recomenda-se tomar levotiroxina pela manhã, idealmente 30 minutos antes do café ou de uma bebida com cafeína. O café pode afetar a absorção total do medicamento, prejudicando sua eficácia.

Asma: Pacientes com asma usam broncodilatadores, como aminofilina ou teofilina, que relaxam as vias respiratórias. O consumo de café pode desencadear efeitos colaterais, como dores de cabeça, inquietação, desconforto estomacal e irritabilidade, além de reduzir a absorção desses medicamentos.

Diabetes: Estudos indicam que o consumo de bebidas com cafeína pode aumentar os níveis de insulina e açúcar no sangue, dificultando a regulação do açúcar e aumentando o risco de complicações associadas à diabetes. A adição de itens como leite, creme e açúcar ao café pode elevar ainda mais os níveis de açúcar no sangue, dificultando o efeito dos medicamentos para diabetes.

Alergias e resfriados: A combinação de medicamentos para alergia e gripe com o consumo de café não é recomendada, pois pode aumentar sintomas de inquietação, irritabilidade e distúrbios do sono.

Portanto, é essencial considerar as possíveis interações entre o consumo de café e a administração de medicamentos para evitar impactos adversos na eficácia dos tratamentos.

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