
O Governo Federal anunciou um plano ambicioso de concessões de rodovias para os próximos anos. A princípio, a iniciativa deve atrair bilhões de reais em investimentos privados e melhorar a infraestrutura do país. São nove estados beneficiados pelo programa, que deve ter trechos de suas estradas leiloados até 2026. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, a Paraíba, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Ceará são estão que farão parte neste primeiro momento dos leilões.
De acordo com a matéria, o Ministério dos Transportes prevê a realização de, pelo menos, dez leilões em 2024, totalizando R$ 93 bilhões em investimentos. Os primeiros lotes vão contemplar rodovias no Paraná, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rondônia, contando com trechos de estradas importantes, como a BR-040, a BR-163 e a BR-262.
Para este ano, estão previstos o leilão da BR-381, em novembro, e o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, em dezembro, ambos em Minas Gerais. Segundo o ministro, o edital da BR-040 será o último de 2023.
35 concessões até 2026
Renan Filho havia dito em julho que o governo deve fazer 35 concessões de rodovias até 2026. O ministro afirmou ter boas expectativas para os próximos leilões, após ajustes de modelagem feitos para atrair mais interessados.
“Estamos cumprindo o cronograma anunciado”, disse o ministro, que afirmou estar tentando trazer mais competição aos leilões, reduzindo gradualmente o valor dos investimentos. Sem dar detalhes, o ministro também disse que o governo estuda modificar a entrega de envelopes, “para que as pessoas não tenham controle de quem entregou ou não. Serão modernizações necessárias”.
Com o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo prevê apresentar oportunidades de investimentos que somam R$ 280 bilhões, sendo R$ 185,8 bilhões para estradas e R$ 94,2 bilhões para linhas férreas.
A iniciativa do governo visa melhorar a qualidade das rodovias brasileiras, que sofrem com problemas de conservação, segurança e capacidade. Ao mesmo tempo, as concessões devem gerar empregos e renda para as regiões atendidas pelas estradas.