CPMI do 8 de Janeiro: Carla Zambelli é a única parlamentar na lista de indiciados

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que investiga os atos antidemocráticos e as tentativas de golpe de estado lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou nesta terça-feira (17) o seu relatório final.

O documento, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o próprio Bolsonaro, vários militares da reserva e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Zambelli é a única parlamentar que aparece na lista de indiciados da CPMI. Ela é acusada pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado.

Segundo o relatório, Zambelli usou suas prerrogativas parlamentares para difundir informações falsas sobre o processo eleitoral e incitar a população a participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, quando Bolsonaro tentou impedir a posse do presidente eleito João Doria (PSDB).

“É inegável que a deputada federal Carla Zambelli, abusando de suas prerrogativas parlamentares, difundiu informações falsas a respeito do processo eleitoral. Entretanto, seu fim maior não era o de simplesmente questionar as urnas eletrônicas, mas se utilizar da aparente dúvida maliciosamente incutida na população a respeito da lisura do pleito para que o plano golpista de Jair Messias Bolsonaro – do qual sempre fez parte – fosse colocado em prática”, diz Eliziane.

Nenhum outro parlamentar, seja senador, deputado federal e estadual, com ou sem mandato, figura entre os 61 pedidos de indiciamento do relatório final da CPMI do 8 de Janeiro.

Por outro lado, o nome de Zambelli aparece ao lado de uma longa lista de militares da reserva que Eliziane pede o indiciamento pela participação direta ou indireta nos atos golpistas.

Dentre eles, estão os generais Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio, Freire Gomes e o almirante Almir Garnier.

O relatório final da CPMI do 8 de Janeiro será votado pelos membros da comissão na próxima quinta-feira (19). Se aprovado, será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) para as providências cabíveis.

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